Foi um grande susto. A notícia chegou ainda pela manhã nas redações da Globo no Rio de Janeiro e em São Paulo.
Galvão Bueno foi internado para fazer um cateterismo, às pressas, em Lima. O procedimento médico foi delicado e serviu para desobstruir uma importante artéria, fundamental no bombeamento do coração, que estava entupida.
O narrador começou a passar mal na madrugada de hoje. E foi prontamente atendido. Levado para o melhor hospital peruano, a clínica Anglo Americana.
Galvão não narrará a final da Libertadores com o Flamengo, seu time de coração, como fez há 38 anos.
A previsão é que, se correr tudo dentro da normalidade, Galvão Bueno fique apto dentro de semanas para voltar a trabalhar.
Mas o susto acontece em um momento importante para a Globo.
Apesar de sempre tentar aparentar jovialidade. Inclusive com gargantilha para esconder a papada, Galvão Bueno é um idoso.
Ele fará 70 anos em julho de 2020.
A cúpula da emissora carioca se deixou levar por décadas. Ele está na emissora desde 1981. Desde 1990, há 29 anos, se tornou o principal narrador.
Além de querer transmitir todas as principais competições esportivas, desde futebol, automobilismo, vôlei, basquete, maratonas, até MMA, a Globo sabe que para amar ou odiar, Galvão consegue aumentar a audiência da emissora.
Ele é o melhor narrador do Brasil.
E como costuma dizer, um ‘vendedor de emoções’, transformando jogos fracos em disputas de tirar o fôlego.
Só que esta nova geração de Marinho, que comanda a Globo, e mandou ícones do jornalismo embora, por velhice, também analisa de verdade a situação de Galvão Bueno.
Quer formar um substituto, algo que, em quase três décadas, não conseguiu.
O susto de hoje mostra a dificuldade, a falta de rumo.
Luís Roberto prevaleceu sobre Cleber Machado por trabalhar no Rio de Janeiro. Os cariocas estão mais acostumados com sua voz. Cleber é rotulado de ‘paulista’, apesar de Luís Roberto também ser.
Galvão Bueno tem dado toda a força para que Gustavo Villani se transforme no narrador número um da emissora, o suceda.
Ele tem 38 anos. Nasceu em Marília. Foi repórter, mas sonhava com narração. Trabalhou na rádio Globo. Mas se transformou na Fox Sports.
Foi treinado para narrações ufanistas, assumindo um lado, principalmente envolvendo clubes brasileiros contra estrangeiros. Narra quase gritando várias vezes, filosofa durante a transmissão, opina absolutamente sobre tudo.
A Globo comprou a ideia de fazer Villani o sucessor de Bueno. (Com informações extraídas do site R7)