O presidente da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), José Francisco Kerr Saraiva pontua que a diabetes é um dos principais fatores de risco para as doenças cardiovasculares, favorecendo a ocorrência de infarto e derrames cerebrais.
Segundo ele, a literatura demonstra que o risco de se ter um infarto aumenta 40% nos diabéticos homens e 50% nas mulheres. Quando a doença se manifesta, também potencializa outros fatores de risco, como o colesterol elevado e a hipertensão. “Ou seja, há muitos e fortes motivos para prevenir a ocorrência desse mal e, mais ainda, para tratá-lo de modo eficaz assim que se descobre a sua existência. Como os sintomas não são imediatos, o controle médico periódico, com a realização de exames de sangue, é muito importante para o diagnóstico anterior ao aparecimento dos primeiros problemas”, alerta dr. Saraiva.
Existem o diabetes do Tipo 1 e o do Tipo 2. O primeiro, muitas vezes diagnosticado na infância, é uma doença autoimune. Não está associada ao excesso de peso. É tratada com injeções de insulina.
A segunda aparece mais em adultos acima dos 30 anos de idade e está diretamente ligada à alimentação errada, sobrepeso e obesidade. O organismo passa a ter resistência à insulina, perdendo a capacidade de responder aos efeitos do hormônio. Quanto à prevenção do Tipo 2, cabe enfatizar a alimentação correta e equilibrada, combate à obesidade, consumo muito moderado de bebidas alcoólicas, prática regular de exercícios físicos (sempre com orientação médica) e abandono do tabagismo.
As estatísticas reforçam a pertinência desses cuidados: estima-se que cerca de 10% dos habitantes adultos do Brasil tenham a doença, que, segundo o Ministério da Saúde, atinge 5,2% dos homens e 6% das mulheres. Dentre as pessoas acima de 65 anos, a incidência é de 21%.
Quando o diabetes é diagnosticado, o tratamento deve ser imediato e regular.