O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que não há razão para pessimismo no Brasil. Na visão dele, o país passa por um período de desenvolvimento institucional extraordinário. “Estou vendo instituições brasileiras robustas, florescendo e se aperfeiçoando. Não há nenhuma razão para pessimismo. O Brasil está avançando institucionalmente”, disse ao participar da abertura do encontro BNDES com ‘S’ de Social e de Saneamento, na sede do banco, no centro do Rio de Janeiro: “[O Brasil] vai voltar a crescer fazendo a coisa certa, aperfeiçoando as suas instituições”.

Guedes voltou a defender a desoneração da folha de pagamento. Segundo ele, um país que tem imposto sobre folha de pagamento e duplica o custo da mão de obra não quer gerar emprego. “Os impostos sobre folha de pagamento são o imposto mais cruel, armas de destruição em massa de empregos. Dezenas de milhões de empregos são destruídos por estes impostos excessivos sobre a folha de pagamento. É um crime contra o trabalhador brasileiro”, afirmou.

Saneamento

Ele destacou ainda que o BNDES está voltando às suas funções, com financiamento a projetos sociais e de saneamento, que vão se refletir em educação e saúde. O ministro chamou a atenção para a situação de crianças que morrem no país por falta de saneamento: “Como vamos salvar as crianças se elas não tiverem sequer saúde, por falta de saneamento?”.

“A mortalidade infantil é brutal. Se a criança brinca sem água, sem saneamento, saúde, não tem nada lá embaixo, morre cedo, pega doenças letais. Esse é um crime contra as crianças brasileiras”, completou.

“O S de saneamento é viga mestra no novo BNDES. É um legado que o novo BNDES, no papel de articulador dessas políticas, quer deixar”.

Previdência

Paulo Guedes afirmou que o excesso de gastos é apenas uma dimensão do problema, sendo a outra a má gestão dos recursos públicos. No entanto, de acordo com ele, um dos principais problemas do governo foi resolvido com a reforma da Previdência, que derrubou os juros de longo prazo. “Já estão a 5% e continuam descendo. Ao contrário do governo anterior, em que os juros baixos desceram, mas os longos não acompanharam, porque havia o desequilíbrio fiscal. Dessa vez, como fizemos a Previdência, demos um horizonte de 25 anos de estabilidade, pelo menos no controle desses gastos”, disse.

O ministro disse ainda que o governo tem acelerado as privatizações e o BNDES tem realizado as devoluções dos recursos aplicados pelo governo federal, no passado recente.

(Cristina Índio do Brasil/Repórter da Agência Brasil)