De acordo com as estatísticas do Registro Civil do Estado de São Paulo elaboradas pela Fundação Seade, o número de nascidos vivos de mães residentes no Estado, em 2018, foi de 605.630. Em 1982, ponto máximo de sua evolução, ocorreram 771.804 nascimentos no Estado de São Paulo, quase 166 mil a mais do que o total de 2018.
A Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) respondeu por metade dos nascimentos (302.919) ocorridos no estado, neste último ano. Já na região de Campinas, foram registrados 90.151 nascidos vivos (15% do total do estado) e, na região de Registro, a menor de São Paulo, 4.045 nascimentos, o que corresponde a menos de 1% do total.
Os nascimentos ocorrem em proporções ligeiramente maiores entre março e maio, ficando abaixo da média nos últimos meses do ano.
A distribuição dos nascimentos por dia da semana e períodos do dia revela uma prática já estabelecida e muito relacionada à ocorrência de parto operatório ou natural, evidenciando que os primeiros são realizados preferencialmente de segunda a sexta-feira e durante o dia.
A gravidez múltipla, que corresponde a nascimentos de gêmeos, trigêmeos ou múltiplos, tem aumentado no decorrer dos anos. Tais ocorrências passaram de 13 mil, em 2000, para 15,2 mil, em 2018, representando 1,9% e 2,5%, respectivamente, do total de nascimentos do Estado. Essa tendência de crescimento possivelmente está associada às mudanças de comportamento reprodutivo das mulheres, como o adiamento da maternidade, que por sua vez, pode resultar em necessidade de procedimentos para solucionar dificuldades de reprodução.
Em 2018, nasceram 310 mil meninos e 295 mil meninas, resultando em uma razão de sexo de 105 nascimentos do sexo masculino para 100 do sexo feminino, como ocorre na maioria dos países.
As idades médias da mãe e do pai foram 28,6 e 31,7 anos, respectivamente. Entretanto, para ambos, o pico ocorre em torno dos 30 anos. No período de quase 20 anos, a idade média das mães no Estado de São Paulo ampliou-se em 2,9 anos.
Do total de nascimentos ocorridos em 2018, 76,5% das mães eram paulistas, 22,2% eram naturais de outros estados e 1,3% de outros países. Entre as não paulistas, as baianas são a maioria, com 26,2%, seguidas pelas mineiras (13,6%) e as pernambucanas (11,6%).
Aproximadamente 7.600 mães declararam outro país de nascimento: 2.950 (38,7%) são da Bolívia, 930 do Haiti e 600 da China. Quase a totalidade das bolivianas reside na RMSP, sobretudo na capital; as demais imigrantes, com exceção das haitianas, também moram, em sua maioria, na RMSP (acima de 80%) ou na capital.
A fecundidade da mulher paulista oscilou em torno de 1,70 filho por mulher, entre 2010 e 2018, mas no período anterior, de 2000 a 2010, a variação havia sido importante, reduzindo de 2,08 para 1,68 filho por mulher.