Uma cirurgia cardíaca com alta em até três dias. Este cenário já é possível devido ao protocolo ERAS (Enhanced Recovery AfterSurgery), que acaba de chegar ao Brasil.
Realizado nos principais centros médicos dos Estados Unidos e da Europa, desde o início dos anos 2000, o hospital Samaritano Paulista, do Americas Serviços Médicos, é um dos pioneiros no país na nova técnica.
“Esta aceleração da recuperação pós cirurgia cardíaca começa, na verdade, antes da internação e para pacientes selecionados – os de baixo risco. É um verdadeiro plano de voo, com tudo muito planejado e uma equipe treinada e sincronizada, onde tudo é ajustado à necessidade clínica do paciente”, conta Valter Furlan, diretor da unidade.
Após 7 meses, a equipe do cirurgião cardiovascular Dr. Omar Mejia já responde por 5% de todas as cirurgias cardíacas realizadas no hospital neste modelo. “Acredito que em 5 anos o protocolo seja uma rotina nos principais centros do Brasil”, salienta Mejia.
Atualmente, o Hospital Samaritano Paulista interna 1 paciente por semana neste protocolo. A cirurgia mais frequente é a de ponte de safena, mas já há programação para cirurgia valvar, mixoma. “No futuro o protocolo deverá avançar para quase todas as cirurgias”, afirma Dr. Omar Mejia.
O índice de sucesso associado à velocidade do protocolo impressiona. Nos EUA, já conseguiram reduzir de 7 para 6 dias as internações em cirurgia cardíaca para todos os pacientes de um hospital.
Segundo estudo publicado em maio de 2019, no The Journalof Thoracic and Cardiovascular Surgery, após a implementação do protocolo ERAS na Cirurgia Cardíaca foi notada uma melhora significativa perioperatória, além da redução de custos e aumento da satisfação de paciente e da equipe. O estudo foi feito em mais de 450 pacientes em 9 meses, sendo 60% cirurgias de ponte de safena.
“A impressão que nós temos é que não há tempo para o paciente ter complicações. Tudo é feito com segurança e conforme sua tolerabilidade. Do contrário, a equipe sabe que é muito simples passar o paciente do Fluxo ERAS para o fluxo tradicional. Para isto ele é preparado desde o ambulatório multidisciplinar do ERAS, onde tudo começa, inclusive o manuseio da dor, da ansiedade e da fisioterapia”, explica Dr. Omar Mejia. (Com informações assessoria de imprensa)