A região de Presidente Prudente concentra a maior prevalência de leishmaniose, com a capital do Oeste Paulista e Presidente Venceslau somando, juntas, 20% de todos os registros da doença em todo Estado de São Paulo.
Dados do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Sinan) de 2014 até o dia 11 deste mês apresentam 746 notificações de leishmaniose visceral em Gerências de Vigilância Epidemiológica (GVE), dos quais 149 nas de Prudente e Presidente Venceslau, o que representa quase 20%.
Foram 63 óbitos no Estado e nove da região, ou seja: 14,28%.
Dois tipos
Existem dois tipos de leishmaniose: tegumentar e visceral. Como a visceral é a mais grave, por atacar os órgãos do corpo e poder levar à morte, geralmente é mais discutida.
A tegumentar, embora não leve à morte, pode gerar incapacidades por acometer as mucosas da boca, garganta e nariz.
São doenças para as quais não existe vacina e quando se instalam em uma região, não vão mais embora.
Fatores em potencial na região
O ciclo biológico da doença tem força no Oeste Paulista por ser uma região de clima seco no inverno e úmido e chuvoso no verão. Com a ausência da floresta tropical que ao longo dos anos foi dizimada, substituída por cerrados e pastagem, o meio ambiente natural foi alterado completamente, o que ajuda na proliferação do vetor: o mosquito palha.
O inseto se alimenta com o sangue do cachorro infectado e transmite a doença para outro saudável, como também ocorre com roedores e com o ser humano. Os cães são os principais reservatórios, inclusive pela grande quantidade de abandono pelos proprietários.
A proliferação tem maior incidência em depósitos irregulares de lixo. Somente em Prudente, existem 54.