O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assinou hoje (27) com a empresa Klabin, produtora e exploradora de papéis, o contrato para exploração do terminal de contêineres PAR 01, localizado no Porto de Paranaguá (PR) – o segundo maior do país, perdendo apenas para o de Santos (SP), e o maior porto graneleiro da América Latina.
O terminal foi arrematado pela Klabin em leilão que ocorreu em agosto de 2019, no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). O terminal será usado para a movimentação e o armazenamento de celulose e cargas em geral pelo prazo de 25 anos. O local era um galpão antigo que estava em desuso. A expectativa é que a empresa invista R$ 87 milhões no empreendimento, gerando cerca de 300 empregos diretos e indiretos.
“Estamos assinando um arrendamento de um terminal portuário que vai gerar investimento e emprego aqui no porto, mas que é parte de um todo. No final das contas o investimento no arrendamento portuário e em terminais, é o finalzinho da cadeia. Tem todo um investimento por trás que este ano supera em R$ 18 bilhões”, disse o ministro durante a assinatura do contrato entre Klabin e governo federal.
Leilões
Freitas explicou que empreendimentos como esse dão confiança a investidores e, consequentemente, gera empregos no país. “Ano passado foi o ano que tivemos mais leilões de arrendamento portuário na história. Fizemos 13 leilões. Observem que eles têm a outorga mínima de R$ 1, porque não é nosso interesse arrecadar com isso, mas gerar investimentos. Geramos, em outorgas, mais de R$ 800 milhões. Geramos bilhões de investimentos no setor portuário.
Segundo o ministro, os 13 leilões de arrendamento portuário, feitos no ano passado, e a assinatura de 29 contratos de adesão para terminais privados resultaram em um total de R$ 3,3 bilhões em investimentos apenas no setor portuário.
“Tivemos vários portos aumentando receita, diminuindo despesa e batendo recordes de movimentação, como foi o caso de Santos, com R$ 134 milhões de toneladas e Paranaguá, com 53 milhões de toneladas. É um setor que renasce, porque está indo na direção correta e porque temos gestões técnicas e profissionais em todos os portos”.
O ministro acrescentou que por volta do meio do ano outros cinco terminais portuários deverão ser leiloados. “Quatro no Porto de Itaqui e o PAR 20 aqui de Paranaguá. Faremos o cardápio de terminais portuários para grãos e também para líquidos. Os dois maiores leilões de terminais de líquidos vão acontecer em breve. Um em Santos e outro em Paranaguá. A gente terá uma competição sadia”.
De acordo com o Ministério da Infraestrutura, a implantação ocorrerá em duas fases. A primeira, destinada à obtenção das licenças e construção do novo armazém, com início ainda em 2020.O terminal arrematado pela Klabin tem uma área de 27.530 metros quadrados e uma capacidade estática total de aproximadamente 80 mil toneladas, considerando densidade média de armazenagem de 4 toneladas por metro quadrado para cargas gerais ou granéis sólidos.
A expectativa é que, finalizada a obra, o terminal atenda à demanda crescente do segmento florestal, em especial celulose, dos estados do Paraná, de Santa Catarina e São Paulo.
Ainda segundo Freitas, a navegação terá um outro impulso extra “Estamos na iminência de lançar o BR no Mar, que será o maior programa de estímulo à cabotagem de nossa história”. O BR do Mar é uma política de estímulo à cabotagem, a ser feita por meio de ajustes na legislação visando a aumentar a oferta, incentivar a concorrência, criar mais rotas e reduzir custos desse tipo de navegação, de forma a fazer dela uma alternativa logística à rodovia.
Porto de Paranaguá
O Porto de Paranaguá é operado por 45 empresas, espalhadas por um pátio de 538 mil metros quadrados (considerando veículos, contêineres e pátios). O produto mais exportado por meio desse porto é a carne de frango congelada, e o produto mais importado são fertilizantes.
(Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil)