Em algum dia da sua vida, em meio a correria do dia a dia, você recorreu à uma forma rápida de se alimentar. As marmitas ou marmitex são pedidas comuns para as pessoas. Nacionalmente, esse ramo cresceu 134% nos últimos cinco anos.
Em Dracena o ramo também foi aquecido e cresceu nos últimos anos. Restaurantes tradicionais confrontam os vendedores informais, que usam suas próprias casas para venderem e gerar renda.
Dono de um restaurante que funciona desde 1984, Marco Antônio Vasconcelos Alencar, mostra os dois lados do mercado. “O ápice no meu restaurante foi há quatro anos, foi quando mais vendíamos. Com o passar dos anos e o crescimento dos vendedores informais nossas vendas caíram. Hoje, nos finais de semana vendemos mais de 250 marmitas em média. Ainda segue bom, apesar de ter caído um pouco”, disse Alencar.
Segundo ele, anteriormente toda a região buscava marmita em Dracena, hoje mudou. “Toda cidadezinha ou em todo canto tem alguém que vende marmita. A gente tem nossos diferenciais, de procurar ter mais mistura na marmita, por exemplo. Hoje o pessoal vê o preço, mas não vê a qualidade do produto”, ressaltou Alencar, que disse vender em média em torno de 50 marmitas por dia.
Alegando uma concorrência desleal, Alencar cita que vendedores informais conseguem maiores lucros. “Os que trabalham em casa não precisam pagar impostos. Então, tudo o que vende acaba entrando de forma direta no bolso”, finalizou.
Silvio Fernandes Nascimento, também proprietário de um restaurante acredita que o crescimento das mulheres no mercado de trabalho também é um influenciador. “Hoje em dia as mulheres estão na rua, trabalhando ganhando a vida. O que tradicionalmente era função delas, hoje já não é mais assim. Então acredito que graças a essa correria diária, se alimentar com uma marmita é mais prático, mais rápido e pode ser até mais barato”, disse.
Garantindo que sua marmita pode servir até três pessoas, ele garante que as vendas não são maiores graças aos vendedores informais. “A concorrência cresceu bastante. Acredito que os informais cresceram de forma errada. Por não terem que pagar impostos, os custos são mais baixos”, explica o proprietário.
Em média, Nascimento vende em seu restaurante cerca de 50 marmitas por dia. “A demanda não é maior pela concorrência grande. Mas em nove anos no ramo, o movimento praticamente dobrou”, finalizou.