Os casos de coronavírus passaram do 90 mil em todo o mundo segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde). No Brasil, na tarde de ontem, 4, o Ministério da Saúde confirmou o quarto caso da doença.
Também foi divulgado uma lista com 27 países que serão monitorados. Esses países já tiveram casos de pessoas contaminadas. Brasileiros ou turistas que estiveram nestes países nos últimos 14 dias e apresentarem sintomas da doença serão enquadrados como casos suspeitos.
Luciano Gerlin, proprietário de uma agência de turismo dracenense disse que o coronavírus afetou muito. “Precisamos de uns 15 dias para entendermos melhor a situação mundial. Causa preocupação. Algumas agências estão cancelando viagens sem as multas estabelecidas em contrato. Gera um transtorno para todos”, disse o empresário.
Segundo ele, a agência da qual é proprietário estava organizando uma viagem para Marrocos, parte desses interessados estão em dúvida se realmente vão. “Logo quando começou o pessoal que estava para fechar a viagem passou a repensar por causa do coronavírus”, disse Gerlin.
Dólar alto
Outro fator determinante para a queda nas vendas internacionais é o valor do dólar. A cotação do dólar chegou aos R$ 4,58 ontem, maior valor da moeda americana em comparação ao real em toda história.
Somados esses fatores, o mercado de agência de viagens de Dracena sentiu o baque.
Para ele, é preciso estabilizar a cotação da moeda. “Quando existe muita variação a pessoa fica com a impressão de que a qualquer momento ela pode abaixar. Essas mudanças interferem no custo final de uma viagem internacional. O dólar nas alturas dificulta a venda. Definitivamente não é um momento bom”, ressaltou.
Por outro lado, ele enfatiza que as vendas para pontos turísticos dentro do Brasil seguem a pleno vapor. “O mercado interno aumentou consideravelmente a procura. Para os feriados de abril e maio já existem destinos sem vagas em hotéis. Isso é bom, mas temo faltar oferta com tanta procura”, finalizou.