Desde quarta-feira, 25, reeducandos do sistema prisional do Estado de São Paulo auxiliam nas ações de prevenção ao novo coronavírus, com produção de máscaras de proteção descartáveis. Na Penitenciária “Anízio Aparecido de Oliveira” de Andradina, a fabricação teve início ontem, 27, enquanto a Penitenciária Feminina de Tupi Paulista começará os trabalhos na próxima semana. As máscaras serão vendidas a preço de custo.
A previsão é que sejam produzidas, em todo o Estado, 33 mil peças por dia nas fábricas adaptadas especialmente para isso. Cerca de 250 reeducandos de várias regiões, de penitenciárias masculinas e femininas, vão confeccionar as máscaras de proteção descartáveis para uso em procedimentos simples (não-cirúrgicos).
Em Andradina, serão 33 sentenciados dedicados a este trabalho e na Feminina de Tupi Paulista, 40 reeducandas.
HIGIENE
As fábricas tiveram seu parque fabril adaptado para a confecção das máscaras. As oficinas foram higienizadas e foi criado um protocolo de higiene pessoal e ambiental com base em padrões hospitalares para garantir a higiene das peças, feitas em TNT duplo. “Diariamente, antes de iniciar os trabalhos, os sentenciados são orientados sobre as medidas de higiene necessárias e realizam a desinfecção do local, bem como, a higiene pessoal como, de maneira correta, lavar as mãos, utilizar álcool em gel, etc.”, frisou o diretor da Penitenciária de Andradina, Jair Silva da Costa.
A diretora da unidade prisional Feminina de Tupi Paulista, Adriana Alkmin Pereira Domingues, acrescenta que todos os equipamentos de proteção individual utilizados pelas reeducandas serão descartados sempre que se retirarem da fábrica. “Já adaptamos o local com tudo que fosse necessário para seguir os protocolos de higiene e trabalharemos em escala de produção. Inclusive, já estamos recebendo diversas ligações de órgãos interessados na aquisição dos produtos”, completa. (Com informações Secretaria da Administração Penitenciária)