Germana Souza, médica infectologista da Prefeitura justificou a diferença na testagem dos pacientes. “O que testou em clínica particular, o convênio cobria o exame. É um exame caro que não da para fazer em todo mundo. De alguns pacientes a gente já conseguiu mandar para clínica particular. Os outros, por serem pacientes do SUS devem aguardar o resultado do exame enviado pelo Instituto Adolfo Lutz”, disse ela ressaltando que segue normas vindas do Ministério da Saúde. Sobre o senhor de 63 anos, que foi levantada a possibilidade de não ter sido vítima da COVID-19, a médica informou que o paciente já sofria de problemas pulmonares. “É um paciente de risco que a gente não pode descartar. Temos que levantar essa hipótese de ter sido coronavírus. A princípio foi colocado como pneumonia. Visto a transmissão comunitária instalada, todos os pacientes que tiverem pneumonia temos que entrar como protocolo de COVID”, pontuou alegando que todos pacientes com síndromes respiratórias passarão
por esse protocolo do Ministério da Saúde. Sobre a possibilidade de um colapso do sistema de saúde da região, ela alegou que os casos que ocorreram já eram previstos. “A gente precisa que a população mantenha esse isolamento. A gente pode ter contato com algum contaminado pela cidade, então é necessário que a população continue em isolamento, por pelo menos mais 15 dias deve continuar”, frisou a infectologista alertando que é preciso reduzir o número de contaminados. De acordo com a infectologista, quarentena não são férias. “As pessoas têm que entender que não é para fazer caminhada em pistas ao ar livre com 50 pessoas por perto. A gente está vendo isso acontecer e pode ser trágico para nossa cidade”, disse afirmando que pode haver novos casos nessas próximas semanas. Adolfo Mansano Garcia, diretor do corpo clínico da Santa Casa de Dracena disse que até a tarde de ontem, 6, não haviam casos suspeitos internados no hospital. “Após os acontecimentos do final de semana não temos novos casos na UTI. Temos 10 leitos de UTI com respiradores, porém só um com isolamento”,
afirmou o médico. Sobre o futuro, Garcia ressaltou que todos estão preparados. “Temos alternativas para garantir o atendimento de quem precisar. Podem não ser as ideais, mas estamos nos precavendo para todas possibilida
des”, disse ele. No entanto, Garcia comentou que não acredita em um colapso do sistema hospitalar. “Acho difícil acontecer, mas precisamos estar prontos para todos os cenários possíveis”, finalizou.

Dra. Germana Souza, médica infectologista: “quarentena não são férias” (Arquivo/JR)