Os tão cobiçados ovos de Páscoa perderam espaço na mídia para o coronavírus. Mas as vendas dos autônomos, tão prejudicados pela crise é uma saída encontrada em meio ao problema econômico. Em Dracena, o comércio dos ovos de Páscoa artesanais se mantém, apesar da queda em relação ao ano passado. “Se a gente comparar com o ano passado caiu bastante. Se formos comparar, em 2019 eu consegui vendas legais para esco
las e prefeituras, o que garanti vendas em grandes quantidades. Este ano, por causa da quarentena, não consegui vender para eles”, disse Márcia Levin Cedroni, que vende chocolates artesanais na própria casa. Apesar de ter um ano com queda nas vendas, Cedroni se surpreendeu com a procura. “Achei que teria menos encomendas. Por sorte eu tenho uma clientela bem legal que consome meus produtos há muito tempo”, disse ela que está no ramo há 18 anos. Cedroni investiu em uma estrutura física em sua casa para esta Páscoa. “Reformei o ambiente, pintei a fachada do local, reservei uma sala separada da casa, tudo isso para atender melhor. Mas, por conta da quarentena imposta não posso receber os clientes da mesma forma que planejei”, afirmou que está atendendo apenas com hora marcada durante essas semanas. Quanto à matéria prima, ela disse ter tido sorte. “Normalmente faço as compras de chocolate em janeiro, usando o faturamento do Natal para investir na Páscoa. Este ano, após conversar com um sobrinho, decidi comprar de acordo com a demanda. Por sorte não terei prejuízo”, ressalta. Para ela, a pandemia do novo coronavírus mudou a rotina de compras para a Páscoa. “A forma de presentear mudou bastante. Até o ano passado era dado presentes ou lembrancinhas para funcionários, amigos, colegas de trabalho. Percebi que os presentes desta Páscoa ficarão restritos ao núcleo familiar”, completou.

Clientes estão sendo atendidos com hora marcada durante essas semanas (Pedro Reis/JR)