A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou ontem, 28, a liberação para farmácias realizarem testes da COVID-19. Desta forma, hospitais e laboratórios deixam de ser exclusivos para a testagem do novo coronavírus.
A adesão é voluntária por parte das farmácias e caso queiram realizar os testes rápidos precisam se adequar as normas, como colocar um funcionário exclusivo para isso.
Danilo Lapenta, presidente da Associação de Farmácias e Drogarias de Dracena (APFDD) disse ao Jornal Regional que as farmácias da cidade ainda não foram notificadas sobre a decisão. “Ainda não chegou nada para gente sobre a liberação”, disse ele.
Lapenta alegou que apesar da liberação, o custo para a compra de tais testes é elevado. “Os valores ainda são altos, pois não existem tantos kits de testagem disponíveis no mercado. Creio que logo de cara poucas farmácias vão conseguir fazer”, disse o presidente da APFDD.
Ele afirmou que a novidade ainda não tem tanta firmeza. “Eles aprovaram para ver onde vai dar e o que será feito com isso. Ainda existe muita coisa no ar”, afirmou Lapenta.
Outra questão levantada por ele é o risco de contágio que isso pode acarretar. “Abrir a farmácia e fazer essa testagem é perigoso. Existe um risco sanitário muito grande de contaminação. Seria irresponsabilidade com os funcionários encher a farmácia de suspeitos e não estarmos preparados”, ressaltou.
Para Lapenta, ainda é uma medida inicial e que os laboratórios e farmacêuticos que conversa por redes sociais estão se inteirando do assunto. “Todos os grupos que participo só se fala nisso. Sabemos que um laboratório já está vendendo os kits, mas cobrando um valor altíssimo. Se colocarmos na ponta do lápis, poucos teriam condições de fazer essa testagem”, completou.