O Ministério Público do Trabalho (MPT) e o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) destinaram verbas trabalhistas no total de R$ 53.500,00 para a produção, por meio de impressoras 3D, de protetores faciais “face shield”, a serem distribuídos para os profissionais de saúde pública da região de Presidente Prudente, como forma de proteger os trabalhadores do contágio do coronavírus.

 

Os beneficiários foram a Associação Educacional Toledo, que receberá o montante de R$ 3.500,00 para compra de insumos (para posterior uso na impressão das máscaras junto a parceiros da iniciativa privada), e a Fundação de Ciência, Tecnologia e Ensino (FUNDACTE), entidade vinculada à UNESP, que irá adquirir 3 impressoras 3D, além de insumos para a produção de “face shields”, que serão entregues higienizados e embalados aos profissionais de saúde.

 

“Segundo especialistas na área, a máscara de proteção facial “face shield” é um equipamento de proteção individual extremamente seguro, pois possui uma barreira física que protege o usuário do contato com gotículas e fluidos corporais que possam atingir olhos, nariz ou boca. Se utilizada em conjunto com as máscaras cirúrgicas ou de tecido, têm bastante eficácia na proteção dos trabalhadores. Esperamos que, com essa destinação, os profissionais da saúde pública da nossa região, tão demandados neste momento, possam trabalhar com mais tranquilidade, sabendo que terão melhores condições de proteger a sua integridade”, afirma a procuradora Vanessa Martini.

 

As verbas integram parte de valor de um acordo, celebrado em audiência por videoconferência no CEJUSC de Presidente Prudente (Centro Judiciário De Métodos Consensuais De Solução De Disputas Da Justiça Do Trabalho), presidida pela juíza Vanessa Maria Sampaio Villanova Matos, referente a uma indenização recolhida por um frigorífico da região, nos autos de ação civil pública movida pelo MPT. A 2ª Vara do Trabalho de Presidente Prudente autorizou a destinação às instituições que produzirão os protetores faciais.

 

“A mazelas provocadas pela pandemia são de ordem global, atingindo não apenas os órgãos governamentais, mais as cadeias produtivas e toda a sociedade civil, sendo notórias e imensas as dificuldades financeiras e econômicas advindas do isolamento social, sobretudo diante da paralisação de inúmeras atividades, comerciais, industriais e prestação de serviços, tudo com o objetivo maior de minimizar a disseminação acelerada da doença, que poderia conduzir ao  colapso do sistema de saúde”, afirmou em seu despacho a juíza Kátia Liriam Pasquini Braiani, justificando o direcionamento das verbas para ações de combate à Covid-19. (Com informações/Ministério Público do Trabalho)