O policial penal André Santana, do Centro de Detenção Provisória (CDP) de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, morreu na manhã desta quinta-feira (25) em decorrência do novo coronavírus (COVID-19).

Internado inicialmente com sintomas de gripe, recebeu tratamento para dengue e, com o agravamento do quadro de saúde, foi realizado teste confirmando a COVID-19. Familiares próximos também testaram positivo.

Com apenas 35 anos de idade, Santana residia em Assis, não tinha comorbidades ou qualquer problema de saúde anterior, e é o 20º servidor penitenciário do sistema prisional paulista a perder a vida devido ao contágio pela COVID-19. Deixa esposa e uma filha pequena.

“Conseguimos uma liminar obrigando a Secretaria de Administração Penitenciária a fazer testes em massa para servidores e população carcerária, e até o final de junho a SAP tem que informar à Justiça. Caso a testagem massiva já tivesse começado há tempos como temos reivindicado, vidas como a do jovem André talvez não tivessem sido perdidas”, critica Fábio César Ferreira, o Jabá, presidente do Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP).

Até este 25 de junho, outros 245 trabalhadores penitenciários foram infectados e 78 estão com suspeita de contágio, segundo apuração realizada pelo SIFUSPESP desde março, com base em informações e denúncias da categoria. A maioria dos casos confirmados se concentra nas unidades prisionais da região Oeste do estado, com 88 infectados, seguida da Capital e Região Metropolitana, com 80.

Confira os casos entre os servidores nos dados do SIFUSPESP

Entre os detentos do sistema prisional de São Paulo, 988 estão confirmados, com 15 mortes, e há 87 casos suspeitos segundo mapeamento do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Departamento de Comunicação – Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (SIFUSPESP)