Os restaurantes puderam reabrir nas últimas duas semanas para atendimento presencial dos clientes. Em meio às incertezas da pandemia do novo coronavírus, o saldo pareceu positivo neste período.

Para Amélia de Fatima Sanches Pessoa, proprietária de um restaurante em Dracena, o movimento foi consideravelmente bom. “Senti uma diferença no aumento das vendas de cerca de 20% em relação ao tempo que ficamos apenas com delivery e retirada na porta do restaurante”, disse Pessoa.

Segundo ela, dois fatores foram importantes para o movimento não ser ainda maior. “Ainda percebi as pessoas com receio de virem ao restaurante, mas tivemos dias muito bons. Outro fator foi a limitação no atendimento para se adequar com as novas normas. Então houve redução de espaços entre as mesas e cadeiras, o que diminui a capacidade de atender mais clientes”, explicou.

Para ela, o futuro ainda é incerto. “Mesmo com a liberação do prefeito para seguirmos funcionando nas próximas semanas, sabemos que o decreto pode ser derrubado por uma liminar dentro de alguns dias. Isso dificulta o nosso planejamento, não sabemos se compramos ou não determinadas mercadorias”, ressaltou Pessoa.

Já de acordo com Sandra Kimie Takeshita de Gimenez, proprietária de outro restaurante local, o dia dos namorados foi uma data em que as vendas presenciais ajudaram bastante. “O final de semana do dia dos namorados foi perto do esperado, em comparação com anos anteriores. Mesmo com a pandemia, não foi de todo ruim”, disse ela.

Para Gimenez, existe uma grande diferença entre vendas presenciais e deliveries. “As vendas presenciais são melhores em comparação com delivery, porque você sempre vende algo a mais do que o cliente pede. Sempre sai um refrigerante,  sorvete, suco, cerveja”, ressaltou.

De acordo com a empresária, o público do seu restaurante também é uma dificuldade neste momento. “Meus clientes são no geral, família que rapidamente jantaram e foram embora. Diferente de público jovem, que permanece até mais tarde”, explicou Gimenez.

Para o futuro, Gimenez acredita que nada será como antes. “Acredito que jamais será como era antigamente. Teremos que nos adaptar a esta nova realidade, onde os clientes serão mais exigentes quanto à limpeza e higienização local, quanto ao uso de álcool e máscara”, disse ela.

Para ela, 2020 já um ano afetado por inteiro pela pandemia. “Creio que até dezembro deste ano ainda não vai estar a normalizado”, concluiu Gimenez.