Diariamente as prefeituras da região soltam boletins informativos atualizando os casos confirmados de coronavírus. Paralelamente, o governo do Estado atualiza seus dados no site oficial.
Levantamento feito pela reportagem do Jornal Regional registrou uma diferença de números divulgados entre as atualizações de prefeituras da região e dos números oficiais do Estado. Na soma de 12 cidades próximas a Dracena e que registraram casos confirmados, as prefeituras contam 20 casos confirmados da covid-19 a mais que o governo estadual.
Ambas as fontes são oficiais, somando os números divulgados pelas prefeituras, são 220 pessoas contaminadas pela doença, contra 200 divulgado pelo Estado.
A cidade com mais casos em ambas estatísticas é Dracena. A prefeitura, em boletim divulgado na última terça-feira, 23, confirmou 76 positivos para doença. No levantamento estadual são 44, diferença de 22 casos a mais do que o divulgado pela prefeitura local.
Irapuru foi uma cidade que chamou a atenção da reportagem durante o levantamento. Até aqui, a prefeitura local, por meio do seu Facebook informou 16 casos positivos da doença. No levantamento estadual, são 27, 11 casos a mais que o divulgado pela prefeitura.
Além de Dracena e Irapuru, as cidades de Tupi Paulista, Junqueirópolis e Nova Guataporanga também há divergência de dados entre os dois levantamentos.
Santa Mercedes e Ouro Verde são as únicas cidades da região que não tiveram casos confirmados.
Governo de São Paulo confirma divergência
Em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, a reportagem do Jornal Regional foi informada que realmente existe essa discrepância de dados entre as cidades e os números oficiais do governo estadual.
A justificativa, segundo a assessoria é de que as prefeituras demoram a notificar os casos confirmados ao Estado e que realmente existe uma grande subnotificação da doença em São Paulo.
Quando perguntada sobre o motivo de cidades contarem com mais casos confirmados nas planilhas do governo estadual do que divulgado pela prefeitura, como em Irapuru, a assessoria alegou que essas pessoas podem ser residentes da cidade, mas estarem em isolamento ou em tratamento hospitalar em outra cidade. O que faria com que a prefeitura não contabilizasse como um caso local.