Na sexta-feira, 12, depois de uma década o provedor Altamir Alves dos Santos encerrou seu mandato junto a Santa Casa de Dracena. Ele concedeu entrevista via internet ao JR e falou sobre sua missão.

Foram cinco mandatos de 2 anos cada, totalizando 10 anos como provedor, desde o ano de 2010 quanto assumiu, um dos maiores hospitais da região da Nova Alta Paulista, atendendo  Dracena e mais outras 12 cidades vizinhas.

Citou as principais mudanças feitas durante o mandato dele.  “Primeiro, foi dar continuidade a um trabalho organizado pela comunidade na direção do hospital iniciado em 1995. Segundo, a transformação mais significativa foi a humanização, colocando todos os pacientes em igualdade de condições, aposentos climatizados, alimentação e medicamentos padronizados e o acolhimento aos funcionários. Terceiro, a implementação da gestão do AME. Quarto, o sonho sonhado de erguer um novo Centro de Hemodiálise”.

Em novembro do ano passado, a Santa Casa deu início a construção do novo Centro de Hemodiálise, cuja obra está sendo financiada com recursos obtidos no âmbito de acordos de colaboração premiada assinados entre investigados e o Ministério Público de São Paulo, por intermédio do Grupo Especial de Delitos Econômicos (Gedec), repassados à Secretaria de Estado da Saúde, no valor de R$ 2 milhões. O novo setor terá 1.561 metros quadrados e poderá atender 150 pacientes mensalmente, o que representa um aumento de 36% em relação à capacidade de atendimento do setor, que atualmente é de 110 pacientes por mês. Está sendo edificada em terreno nas imediações do hospital com frente para a Rua Ipiranga. A previsão de conclusão da obra é de 18 meses.

Sr. Altamir também falou dos principais avanços durante todo esse período para o hospital. “Os avanços decorrem da seriedade dos administradores, no engajamento dos funcionários e a vontade única de bem servir, colocando como secundário os aspectos materiais”.

Para ele, a maior dificuldade enfrentada é o tamanho da saúde pública no Brasil. “O subfinanciamento, frustrando a recompensa justa aos colaboradores. A incompreensão de alguns, ao não entender que o que lhe serve, serve também ao próximo, para justificar o desperdício”.

Perguntado se encerra o mandato com o sentimento de missão cumprida, sr. Altamir respondeu: “Se houver missão cumprida, digo que sim, mas se for dito que ainda existem desafios, pessoalmente me senti realizado quando entrei e, mantenho o mesmo sentimento, quando saio, argumentando que continuarei presente como irmão desta casa”.

Para ele, o que faltou ser implementado deverá ser feito pelas futuras diretorias em conjunto com a Irmandade. “Neste momento, digo que entrego ao Celso Santin, a obrigação de bem conduzir os destinos desta casa”.

A entrevista foi encerrada com um pensamento do jurista Rui Barbosa: “Só a ignorância e o capricho podem criar atritos, onde a lei estabeleceu a cooperação e a harmonia”.