O ramo de oficinas mecânicas é um dos que menos vêm sendo impactado por causa da pandemia do novo coronavírus. Tido como serviço essencial, as oficinas seguem com o fluxo praticamente idêntico ao visto antes da pandemia.

Segundo Marcio José Gonçalves, proprietário de uma oficina em Dracena, a queda foi pequena. “No máximo 10% de queda durante a pandemia. Essa redução de certa forma foi até boa, pois conseguimos organizar o fluxo de veículos dentro da oficina e colocamos em dia alguns serviços que estavam atrasados”, disse Gonçalves.

De acordo com Gonçalves, 2020 está sendo um ano acima das expectativas. “Eu imaginava um ano ruim, mas pelo contrário, está sendo bom. Diminuiu o serviço, mas também diminui os devedores. Hoje, como estamos mais organizados, o cliente já chega e já paga, não tem serviço acumulado”, disse ele, ressaltando que sua oficina conserta em média 90 carros por mês.

Desde 1990 trabalhando como mecânico e há sete como proprietário de oficina, Marcio fez uma ressalva. “Mesmo com tudo isso a gente precisou se organizar para evitar aglomeração e proteger-se do vírus. Tive que dar férias para alguns funcionários em meses diferentes e também para organizar algumas contas neste período”, concluiu Gonçalves.

Já Lucas Vello, proprietário de outra oficina na cidade, disse que chegou a fechar seu estabelecimento. “Logo na primeira semana de quarentena eu fechei a oficina e trabalhei internamente, praticamente sozinho. As demais semanas, após o serviço ser adequado como essencial, a gente trabalha com meia porta e horários agendados. O fluxo não mudou absolutamente nada”, explicou Vello.

Um problema encontrado por ele foi causado pelas distribuidoras de peças. “Como as peças são importadas e eu trabalho muito com carro importado, está tendo falta de entrega e muita demora, tanto nas autopeças, auto mecânicas e distribuidoras”, explicou Vello.

Sobre as medidas de higiene que estão sendo tomadas para evitar a propagação da covid-19, Vello diz que os cuidados estão sendo tomados. “Seguimos tudo o que a OMS e o governo estadual está recomendando. Trabalhamos todos de máscaras, a gente tem o cuidado com o álcool em gel. Além disso, higienizamos onde costumamos relar, como volante, maçanetas, protetores dos câmbios, enfim, entregamos o veículo para o cliente bem higienizado”, finalizou Vello.

Lucas Vello, proprietário de uma oficina local (Divulgação)