O aumento da preocupação com a saúde e as incertezas trazidas pela pandemia do novo coronavírus podem ter efeitos negativos em todo o organismo. O estresse gerado em situações desafiadoras, como a que vivemos agora, tem consequências não só na cabeça, mas em diversas outras partes do corpo.
O farmacêutico Adriano Ribeiro, de uma rede de farmácias, lista abaixo os principais efeitos do estresse na saúde e como combatê-los.
Pele
A pele é o maior órgão do corpo humano e um dos primeiros a mostrar os sinais do estresse no organismo. Entre os problemas mais comuns estão o aparecimento de problemas como eczema e psoríase (veja a foto), geralmente causados pelo aumento nos níveis de cortisol, hormônio ligado ao estresse que provoca uma resposta inflamatória do organismo. Vermelhidão, coceira e descamação da pele são alguns dos sintomas do eczema. A psoríase também causa manchas vermelhas e coceira, além de ressecamento.
O cortisol também pode causar o agravamento da acne em indivíduos que tenham predisposição a esse problema. “Pomadas, cremes e loções específicos para cada situação ajudam a amenizar a inflamação e tratar a pele. O recomendável é consultar um dermatologista ou procurar a ajuda de um farmacêutico para escolher o produto mais indicado”, afirma Ribeiro.
Cabelos
O estresse pode levar ao aumento da oleosidade dos cabelos e desencadear problemas como a dermatite seborreica, uma doença crônica que pode afetar tanto o couro cabeludo quanto a pele.
A dermatite seborreica se manifesta por meio de lesões avermelhadas, coceira e descamação da pele e é mais comumente observada no couro cabeludo, barba, região da sobrancelha e atrás das orelhas. No couro cabeludo, a descamação da pele causa o aparecimento da caspa.
“Além de controlar o estresse, o uso de shampoos e loções específicos para a dermatite seborreica ajudam a amenizar o problema”, indica o farmacêutico.
Enquanto algumas pessoas notam aumento de oleosidade nos cabelos, o estresse também pode levar ao ressecamento dos fios, aumentar a quantidade de fios grisalhos em pessoas que têm essa predisposição, provocar o afinamento dos fios, deixando os cabelos mais ralos, e até mesmo causar sua queda.
“Cada organismo responde de um jeito diferente ao estresse, por isso é muito importante buscar a orientação de um especialista antes de realizar qualquer tratamento”, reforça Ribeiro.
Estômago
Quando sentido por períodos prolongados ou de forma muito aguda, o estresse tem a capacidade de mudar o nível de acidez do estômago, o que pode causar azia, má digestão, gastrite e, em casos mais graves, a formação de úlceras.
“Em momentos de estresse, é comum descuidar da alimentação, o que pode agravar os problemas digestivos e intensificar sintomas como dor, queimação ou azia. Por isso, além de buscar ajuda médica para tratar o estômago, é preciso manter uma dieta equilibrada para que o órgão se recupere”, diz Ribeiro.
Músculos
Um dos principais sintomas do estresse é a tensão muscular, que se manifesta principalmente na região do pescoço, ombros e costas. O estresse pode causar torcicolos, dores lombares e, em casos em que é mais acentuado, até mesmo dores de cabeça, desencadeadas pela tensão nos músculos das costas e pescoço.
Exercícios de alongamento específicos para essas regiões do corpo diminuem a tensão e as dores musculares. Além disso, mexer o corpo regularmente ajuda a aliviar o estresse.
“Além de afetar diversas partes do corpo, o estresse prejudica o sistema imunológico. No momento atual, é de extrema importância preservar a imunidade do organismo, o que torna essencial buscar formas de combatê-lo”, conclui o farmacêutico. (Com informações assessoria de imprensa)