O mercado de transporte de cargas é mais um ramo da economia nacional que está sofrendo as consequências da pandemia da COVID-19. Em abril, segundo levantamento realizado Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC), este setor da economia sofreu uma queda no movimento de transportes de 40%.
Em Dracena não foi diferente, uma transportadora local sofreu também com o impacto causado pela pandemia. Segundo Aléssio Teixeira Gomes, proprietário de uma franquia do ramo, no começo da quarentena a queda chegou a 60% do movimento anterior. “Caiu bastante o volume de carga por aqui. O setor da indústria ainda está segurando, porém o setor de transporte de mercadorias do comércio está bem abaixo do normal”, explicou Gomes.
Otimista ao se expressar, Gomes ressalta que já existe uma movimentação de recuperação do ramo. “Já venho sentindo uma melhora legal. Para se ter uma ideia, junho já representou um aumento de 19% no movimento em relação a maio”, disse.
Crente de uma rápida recuperação da economia no geral, ele diz que a economia rapidamente vai se reaquecer. “Acredito que tudo vai melhorar rápido. Quando isso vai acontecer? Ainda é cedo para falar, pois não sabemos muito desse vírus. Mas a população rapidamente irá recuperar o poder de consumo e novamente movimentar o comércio”, ressaltou.
A transportadora de Gomes é responsável por entregas de diversos produtos na região dracenense e em algumas cidades da região de Araçatuba. “A gente conta com dois caminhões que trabalham todos os dias indo e voltando para São Paulo. Quando um está indo buscar ou levar mercadoria, outro está voltando”, explicou.
Segundo ele, apesar de ter sofrido o impacto da pandemia em sua franquia, não precisou fechar as portas em nenhum dia. “O que aconteceu foi que demos férias para alguns funcionários e fechamos mais cedo em dias que não tinha mais serviço para entrega. Já a matriz afastou funcionários do grupo de risco e readequou o quadro de colaboradores”, conta Gomes.
Há 14 anos no ramo, o senhor de 59 anos se diz extremamente feliz com o que faz diariamente. “É um trabalho que gosto muito. Tenho muita facilidade em poder negociar fretes em qualquer lugar, em qualquer hora, me da uma autonomia legal”, concluiu Gomes.