O período de estiagem em diversas regiões do país e o uso do fogo por agricultores para limpar e preparar terrenos aumentam o risco de queimadas. Os danos ambientais são incalculáveis, com a perda de vegetação, morte de animais e poluição do ar. Os incêndios podem provocar interrupções no fornecimento de energia elétrica para comunidades inteiras, atingindo milhares de pessoas. Para prevenir os riscos, a Elektro, criou uma campanha de conscientização priorizando ações focadas em produtores do setor sucroalcooleiro.
“Apesar da importância histórica e socioeconômica do cultivo extensivo da cana de açúcar no interior do São Paulo, certos problemas atrelados a esta cultura são bastante reincidentes e com alto impacto econômico para população: são as queimadas da cana realizadas de forma descontrolada que ocasionam frequentemente problemas de interrupção do fornecimento de energia elétrica, quando o fogo atinge as redes de energia. Realizamos ações de educação ambiental e sensibilização nos municípios próximos às áreas de cultivo de cana de açúcar, assim como visitas técnicas para monitoramento das áreas com histórico de ocorrências”, afirma Higor dos Santos Vieira, Supervisor de Meio Ambiente da Elektro.
Conscientização de produtores de cana-de-açúcar
Na região oeste de São Paulo, os produtores do setor sucroalcooleiro são também o foco da Elektro, que tem realizado, há mais de seis anos, palestras para esse público principalmente entre os meses de julho e outubro. Esse é o período de estiagem nos municípios, quando chove pouco e as áreas ficam mais suscetíveis a queimadas. Devido à pandemia de covid-19, não foi possível iniciar as atividades em julho, mês que teve 23 ocorrências nas áreas de concessão envolvendo a rede elétrica devido a queimadas. Em 2019, foram 18 casos. Ao longo dos quatro meses de seca do ano passado, houve quase 100 registros, quase metade na região oeste do Estado.
Para a segurança de todos
O decreto 2.661, de julho de 1998, já proíbe a realização de queimadas em áreas que ficam a pelo menos 15 metros de distância de linhas de transmissão e distribuição e, no mínimo, 100 metros afastadas das subestações. Não é permitido ainda plantar em áreas até cinco metros das redes de distribuição. “Reforçamos o respeito à faixa de servidão. Os produtores não podem plantar nessa área. Se essa distância for respeitada, caso ocorra um incêndio, o risco de interromper o fornecimento de energia elétrica é menor”, afirma Thiago Brejão, Técnico de Segurança da Elektro.
Nas linhas de transmissão de alta tensão, mesmo que as chamas não atinjam os cabos diretamente, os incêndios podem provocar curtos-circuitos devido ao efeito arco voltaico, uma grande carga elétrica produzida pelo calor da queimada e campo ionizado em volta dos fios.
A Elektro orienta atitudes simples que podem contribuir para que o fogo não se disperse, como:
- Não queimar o lixo doméstico;
- Não jogar pontas de cigarros acesas em acostamentos de rodovias ou regiões de matas;
- Não fazer queimadas para limpar pastagens ou áreas de plantações.