A Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo informa que, desde o início da atual administração, medidas de reorganização têm sido implementadas para aprimorar a assistência técnica e a extensão rural ao produtor paulista, com o objetivo de fortalecer o agro e a economia paulista. Essa nova realidade ficou mais visível nos últimos meses, quando mesmo durante a pandemia, a Secretaria intensificou as ações, tendo realizado quase 180 mil atendimentos aos produtores rurais e entidades da iniciativa pública e privada de março a agosto.
Trata-se de um processo positivo, uma oportunidade de implantar de fato a reestruturação e otimizar esse atendimento, pois os técnicos agrícolas e assistentes agropecuários não mais terão que se dedicar às obrigações burocráticas do patrimônio ou processos administrativos, podendo focar nas necessidades das mais de 339 mil propriedades rurais existentes no Estado.
A mudança visa modernizar a estrutura e reduzir gastos incompatíveis com a atual realidade econômica: das 594 Casas de Agricultura instaladas, apenas 42% estão em funcionamento, mas muitas sem nenhum ou com apenas um funcionário, além de prédios com problemas ou desocupados.
O trabalho não deixará de ser feito; pelo contrário, busca-se ainda mais eficiência em um novo formato, obedecendo a estrutura existente de 16 regiões administrativas. O diálogo está aberto para que a transição ocorra da melhor forma, aceitando-se sugestões e apoio para implantação, que será realizada ao longo de um ano. (Com informações assessoria de imprensa/Secretaria de Agricultura)
Modernização da secretaria
O secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira, pontuou que a pandemia mostrou que é possível acelerar várias modernizações frente ao Estado. “Tínhamos que fazer reuniões com os servidores da Agricultura, precisavam vir até São Paulo, passar horas de viagens, tudo isso passou a ser feito por teleconferência, teleatendimento, pelo computador, isso é aplicação da inovação. A pandemia mostrou que é possível, já vínhamos trabalhando numa reforma grande profunda, porque a Agricultura precisa pensar em longo prazo, ou seja, o que será a Agricultura de São Paulo daqui a 10 – 20 anos, então estamos dentro do governo Doria pensando em como modernizar”.
Gustavo Junqueira explicou o propósito da reforma: “Que tenhamos uma visão global, o técnico agrícola seja ele da Defesa, da Extensão ou da área de Abastecimento, precisa estar conectado e ser conhecedor de tudo que tem acontecido nos laboratórios, nos centros de pesquisas. Os pesquisadores além de pesquisar, precisam ter a capacidade de transferir essa tecnologia, porque senão a tecnologia se perde e não vai para onde tem que ir, então estamos pensando em uma integração total, as áreas da Secretaria operarem em conjunto e cada vez mais ligadas ao produtor. A Casa da Agricultura passará a ser um conceito móvel que esteja sempre rodando nas estradas e atendendo esse produtor baseado em demanda”.
Ele disse que não vê prejuízo quanto à modernização, pelo contrário, para o Estado será bastante importante. “Tardia porque a última foi feita na década de 90, o Agro era outro, hoje existe integração de serviços. Faremos que o produtor esteja muito mais perto, possa exigir muito mais, os controles administrativos, RH, compras, gestão de frota, tudo isso será centralizado”.
O secretário pontuou que a intenção é melhorar a competitividade do Agro, oferece ainda mais qualidade, porque o mundo percebe hoje que o Brasil consegue dominar a produção de alimentos.
“Queremos uma Secretaria de Agricultura conectada com esse desenvolvimento que vemos no agronegócio privado. Vários pequenos produtores estão integrados e vários outros não estão e esta é a nossa grande preocupação focar no pequeno produtor, levar a ele a possibilidade de também fazer parte dessa história de sucesso, então precisamos levar mais tecnologia pra ele principalmente de gestão, como melhorar a renda, entendimento dos mercados, riscos, uma visão empresarial do seu negócio”.