De 0 a 100 (ou mais). Esse poderia ser um teste de velocidade de um carro potente, mas também representa todo o período em que devemos cuidar do motor do nosso corpo: o coração.

De acordo com Dr. Leopoldo Piegas, cardiologista do HCor, ao contrário do que ainda se acredita, não são somente os idosos que convivem com as cardiopatias – e a atenção à saúde cardíaca deve começar cedo, levando em conta cada fase da vida e diferentes fatores de risco, como estresse, diabetes e hipertensão.

Segundo o Ministério da Saúde, desde 2013, os episódios de infarto entre adultos com até 30 anos subiram 13%. O estresse repentino, que é tido como a causa de cerca de 15% dos casos de infarto, por provocar o fechamento de uma artéria coronária, também não “escolhe” idade.

Outro número que mostra que a ameaça de infartar começa muito mais cedo do que se imagina é o de pacientes com pressão alta. No país, são 36 milhões de adultos brasileiros com diagnóstico de hipertensão arterial, de acordo com a Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp). O quadro é um alerta para o desenvolvimento de problemas cardíacos.

“Muitos fatores de risco para ocorrências de infarto não têm relação direta com a idade, por isso, a recomendação é que os cuidados com o coração e as consultas médicas sejam feitas de forma precoce”, reforça o especialista.

Melhor prevenir: medidas para cuidar da saúde do coração

Diferentes fatores externos contribuem para o desenvolvimento de problemas cardíacos. Por isso, algumas medidas e mudanças de hábitos são primordiais para manter o coração “batendo forte”. São elas:

  1. Praticar atividade física, uma vez que o sedentarismo aumenta em 54% do risco de morte por infarto e ainda contribui para o aumento do peso.
  2. Não fumar, pois as substâncias químicas presentes no tabaco provocam o estreitamento das artérias, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial.
  3. Não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, já que o etanol danifica as células musculares do coração e ainda está associado ao desenvolvimento de arritmias.
  4. Evitar o estresse excessivo, que, como já dito, é tido como a causa de cerca de 15% dos casos de infarto, por provocar o fechamento de uma artéria coronária.
  5. Controlar a pressão arterial, monitorando constantemente a sua pressão e seguindo as orientações do seu médico.
  6. Manter o peso ideal e a circunferência abdominal, que não deve passar de 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres.
  7. Adotar uma alimentação saudável, reduzindo a ingestão de alimentos gordurosos e de sal, e adotando uma dieta cardioprotetora.