Companheiro dos dias de calor, o tereré, bebida típica feita de erva-mate com água fria ou gelada, é muito consumido em algumas regiões como o interior paulista e os estados do Paraná e do Mato Grosso do Sul. O fato dessa bebida ter se tornado um hábito entre os jovens e a escassez de estudos na área motivaram uma pesquisa do curso de Nutrição da Unoeste.
“Por não sabermos de fato os efeitos do tereré no organismo, principalmente quanto à sua atuação em relação à perda de peso e interação com a concentração sérica dos minerais cálcio e ferro, sentimos a necessidade de realizarmos um trabalho experimental com ratos Wistar”, pontua Dra. Sandra Cristina Genaro, professora responsável pelo estudo.
Ela explica que apesar da bebida conter uma considerável quantidade desses minerais, a cafeína, presente na erva-mate, em altas doses poderia ser a responsável pela elevação da excreção do cálcio através da urina, reduzindo sua absorção e contribuindo com o desenvolvimento de doenças ósseas. “Quanto ao ferro, os taninos presentes na erva-mate poderiam ser os principais fatores inibitórios da absorção deste mineral”.
Mesmo com a presença desses componentes, a pesquisa constatou que o tereré não vai deixar as pessoas com anemia por deficiência de ferro e nem com osteoporose. “Além disso, a erva-mate possui diversas substâncias bioativas capazes de prevenir doenças crônicas não-transmissíveis, dentre elas, a obesidade. Sendo também, que pode contribuir com a perda de peso”, diz.