O setor de cerâmicas no Oeste Paulista está à beira de um colapso. Quem afirma é Milton Salzedas, representante da INCOESP (Cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista).

De acordo com ele, o motivo deste possível colapso é a falta de matéria prima para confeccionar os produtos. “Falta argila para mistura. Com a falta da matéria prima para fazer um mix perfeito para produção, a capacidade das empresas diminui, e principalmente aumenta a perda dos produtos, aumentando assim os custos”, explicou Salzedas.

Segundo a INCOESP, a diminuição do trabalho presencial na Agência Nacional de Mineração (ANM) no Estado de São Paulo está atrasando a análise e liberação de novos processos minerários, ao ponto de já existirem duas mineradoras com suas operações paralisadas aguardando análise e liberação de documentos pela agência.

Segundo a ANM, a redução do trabalho presencial ocorreu por conta das medidas de segurança adotadas para evitar a disseminação do novo coronavírus. Esta situação põe em risco a atividade cerâmica do Oeste Paulista, pois, a produção cerâmica depende da disponibilidade de mais de um tipo de argila, no caso a que está deixando de ser disponibilizada pelas mineradoras afetadas.

Segundo nota enviada para a reportagem do Jornal Regional, a INCOESP diz também que a manutenção desta situação pode levar a um colapso do setor, com a diminuição da produção de tijolos, lajotas e telhas, ou até mesmo a paralização das indústrias.

Importante esclarecer que o polo cerâmico do Oeste Paulista é responsável por mais de 5.000 empregos diretos e indiretos na região.