A distância de 11.906 quilômetros pode ser um obstáculo para muitas pessoas. Não para Gilvan Lemos da Silva, de 39 anos, que retomou a prática do karatê e vem fazendo sucesso em Auckland, na Nova Zelândia.
“Pratico Karatê desde os 12 anos de idade e por anos treinei na Associação de Judô e Karatê de Dracena, na Avenida José Bonifácio com o Sensei Rafael Nascimbem Bernardelli. Em abril 2019 voltei a treinar Karatê em nível de competição aqui na Nova Zelândia. Logo no meu primeiro Campeonato Nacional conquistei a medalha de bronze na modalidade Kata”, disse Gilvan.
A partir daí, as competições viraram rotina na vida do dracenense radicado na ilha da Oceania. “Depois disso participei de alguns pequenos torneios, vencendo sempre na modalidade Kata. Em 2019 fui convidado a integrar a equipe da Nova Zelândia para o Campeonato Mundial de Karatê Shotokan JKS na Irlanda, terminei em 5º colocado na maior categoria de Kumite (Luta)”, explicou o carateca.
Desbravando novos caminho, Gilvan alcançou o topo do karatê neozelandês. “No último fim de semana, na cidade Christchurch, Ilha Sul da Nova Zelândia, tivemos o Campeonato Nacional de Karatê Shotokan. Consagrei-me campeão nacional, ouro nas modalidades Kata e na categoria OPEN (todas as categorias, idades e faixas juntos). Em outra categoria, na fui vice-campeão na modalidade Kumite (luta)”, ressaltou o carateca.
Como todo atleta de alto nível, a dor é um obstáculo comum, ainda mais para um lutador. “Perdi a final por 6×3, porém, estava vencendo a luta por 2×0 até machucar o joelho direito no combate, mas continuei a luta mesmo com a perna direita lesionada. Há um mês e meio antes do torneio, quebrei o dedinho do pé esquerdo. Competi todo o torneio com o dedinho quebrado”, disse ele.
Faixa preta, graduado no segundo dan (nível conquistado também no final de semana passado), Gilvan vai agregar outras funções no esporte. “Fiz um curso e exame para ser apto a trabalhar como bandeirinha em torneios de karatê nacional e internacional e arbitro em torneios nacionais”, disse o agora árbitro do esporte.
Gilvan é grato pelas conquistas. Para ele, a felicidade de conquistar espaço no cenário internacional é grande. “Conquistar um nacional em um país estrangeiro, do qual escolhi morar e que me acolhe tão bem é gratificante. Dedico essa conquista a toda a minha família que mesmo a distância sempre me envia total suporte, aos meus antigos treinadores e ao atual Sensei e colegas de treinamento”, disse ele.
Aventura neozelandesa
Gilvan decidiu se mudar para tão longe em 2016. Na expectativa de desenvolver uma nova língua, a Nova Zelândia foi o destino escolhido. “Moro na Nova Zelândia em Auckland desde 2016, sempre tive o sonho de morar no exterior, em algum país de língua inglesa e escolhi a Nova Zelândia pelas belezas naturais do país e por ser um país muito pacífico de forte cultura Britânica. Vim para aprofundar no aprendizado do Inglês e fiz Pós Graduações em Business (Negócios Administrativos). A propósito, há duas semanas ganhei o meu visto de residente no país”, disse ele.
Além de carateca, Gilvan é graduado em educação física e também trabalha como personal trainer no país. Por duas oportunidades, ele conquistou o premio de melhor personal trainer da capital, Auckland. Para acompanhar a rotina e a vida do dracenense basta segui-lo no Instagram @gilvanlemos.