Na manhã desta sexta-feira, 20, duas horas antes do horário previsto, o advogado G.B.L.F. de 36 anos, casado, morador de Panorama, se apresentou na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) ao delegado Cleber Batista. Em depoimento, confirmou que era o motorista da Caminhonete Hilux branca, com placa de São José do Rio Preto, que se envolveu no acidente da última quarta-feira, 18, que vitimou o motociclista Adriano Marques de 42 anos.
G.B.L.F. seguia pela Rua Ipiranga, no sentido a Santa Casa, e não respeitou o pare no cruzamento com a Rua Magid Zacarias, provocando o acidente com a moto, que trafegava no sentido ao Jardim Kennedy por aquela via preferencial, causando a morte do motociclista e em seguida se evadiu sem prestar socorro à vítima.
O delegado Cleber Batista disse que o motorista alega que saiu de Panorama com a caminhonete Hilux e veio até Dracena negociar um veículo de um dono de um bar. Após essa negociação retornou pela Rua Ipiranga e, ao chegar ao cruzamento com a Rua Magid Zacarias, não se atentou que no cruzamento seria parada obrigatória no sentido que estava dirigindo e invadiu a preferencial, colidindo contra a moto conduzida pela vítima.
O advogado afirmou ao delegado que após a colisão continuou o percurso e cerca de 20 a 30 metros do local, parou e desceu da caminhonete pela porta do motorista e verificou o que havia ocorrido, mas ao invés de prestar socorro decidiu entrar no veículo pela porta do passageiro para não ser filmado por uma câmera de segurança que havia em uma clinica. G.B.L.F. evadiu-se do local sem prestar socorro ao motociclista.
De acordo com o delegado, o motorista estava com a CNH suspensa desde 2013 e apreendida e a caminhonete sem o devido licenciamento efetivado desde 2012, de acordo com informações apuradas pela reportagem. Por causa disso, além do motorista alegar que entrou em pânico na ocasião do acidente, não prestou o socorro e evadiu-se do local. G.B.L.F. disse que só ficou sabendo que o condutor da moto havia falecido no dia seguinte, através das redes sociais.
No depoimento, o motorista negou que tenha ingerido bebida alcoólica e isso será apurado junto às testemunhas. O delegado explicou que em primeiro momento, ao que tudo indica, não houve a intenção de causar a morte do motociclista por parte do motorista da caminhonete, mas caso durante as investigações a polícia consiga novas provas que possam indicar a intenção dele, ou que assumiu ao menos o risco poderá ser indiciado de outra forma. Tudo depende do resultado final das investigações do inquérito policial.
O condutor da caminhonete indicou algumas testemunhas e apresentou o contrato de compra e venda do veículo que ele disse que veio a Dracena negociar. Todas serão ouvidas no decorrer das investigações. O delegado Cleber Batista afirmou que a DIG dá o caso como esclarecido e está encaminhado o que foi apurado ao 1º e 2º Distrito Policial para a instauração do competente inquérito policial que ao termino da colheita de provas é relatado ao juízo criminal da comarca. “A Policia Civil, em curto espaço de tempo, chegar a identificação do autor dos fatos, e embora a gente não possa, trazer a vítima de volta, pelo menos podemos mostrar a família quem ocasionou o acidente e leva-lo a responder diante da justiça. O acidente está sendo tratado inicialmente como homicídio culposo na direção de veículo automotor (quando não ha a intenção de matar)”, desse o delegado.
Segundo o delegado Cleber, a polícia constatou que a moto bateu em toda a lateral direita da caminhonete, onde há sinais que indicam isso. Já foram solicitados exames periciais e também existem as imagens de câmeras de segurança a fim de conseguir esclarecer a velocidade da caminhonete no momento da colisão.