Há um mês, o Conselho Deliberativo do Santos aprovou a negociação com o Huachipato (CHI) por Yeferson Soteldo. E, desde então, o acordo não foi sacramentado.
De acordo com o presidente Orlando Rollo, o Huachipato fez exigências e travou as tratativas. E a dificuldade é renegociar um acordo sem “fugir” do que foi aprovado pelos conselheiros.
“Chegamos a trocar minutas, mas clube chileno, por meio de seu advogado, fez novas exigências que não estão cobertas pelo que foi aprovado no Conselho. Mundo do futebol é dinâmico. Quando chegou a nova minuta, voltamos a negociar e tentamos acordo com que foi negociado anteriormente. Houve avanço nos últimos dias e faltam questões burocráticas”, disse Rollo, em entrevista coletiva nesta sexta-feira.
“Tem trâmite burocrático no Estatuto sobre aprovação do Conselho no período eleitoral. Trâmite é tão demorado que Cruzeiro desistiu do Copete, por exemplo. Futebol é mutável, muitas coisas acontecem em horas. Houve retrocesso com o Huachipato, fizeram exigências e tentamos o melhor para clubes e atleta, considerando a aprovação do Conselho”, completou.
O Peixe “devolveria” 50% dos direitos econômicos ao Huachipato. O Alvinegro combinou de pagar 3,55 milhões de dólares (R$ 20 milhões) em 2019 e não transferiu um real sequer. Soteldo ficaria na Vila Belmiro até os chilenos negociarem o meia-atacante.
Com o “sim” santista, o Huachipato retiraria da Fifa uma cobrança de 7,2 milhões de dólares (R$ 40 mi) diante do calote do clube brasileiro. A equipe ainda pagaria 200 mil dólares (R$ 1,1 milhão) diretamente ao camisa 10 para quitar dívidas em luvas, premiação e direitos de imagem.
Por fim, o Santos ficaria com 10% do valor que exceder uma venda de Soteldo pelo Huachipato por no mínimo 8 milhões de dólares (R$ 45 mi). Segue a negociação.