Ano atípico, medidas drásticas, fechamento de milhares de lojas e alta no desemprego. Esse cenário ocasionado pela pandemia da Covid-19 já é conhecido por todos. Mas, o que ninguém sabe ainda com precisão é de como serão os próximos meses (ou até anos). Pensando nisso, o Sindilojas-SP entrevistou empresários do comércio, levantou os dados de como foi a Black Friday e traçou um panorama de como estão sendo as vendas de Natal desse ano e a perspectiva para 2021. A primeira informação que a pesquisa traz é que a BlackFriday ficou bem atrás em faturamento quando comparada ao ano de 2019. Para 43% dos lojistas, as vendas pioraram em 2020. Para 18% as vendas foram similares nos dois períodos; e 8% relataram que houve melhoria nas vendas. Dos que responderam ao estudo, 31% afirmaram que não participam dessa data promocional. Sobre o Natal, ainda considerada a principal data do comércio brasileiro, 53% dos comerciantes acreditam que as vendas ficarão inferiores ao período de 2019. Para 33% o faturamento permanecerá igual e 14% estão otimistas, acreditando que as vendas melhorarão. Durante a aplicação da pesquisa, houve o retrocesso da cidade de São Paulo para a Fase Amarela do Plano SP e, com isso, a redução de horas em que o comércio poderia permanecer aberto (que foi reestabelecida para 12 horas diárias). Ainda assim, 65% dos lojistas não acreditavam que isso faria diferença nos resultados, contra 24% que se sentiram prejudicados e 12% que complementariam as vendas pela internet. Quando questionados sobre as vendas em geral no ano de 2020, 63% afirmaram que pioraram, 27% que permanecem iguais e 10% que melhoraram. Para o próximo ano, os ânimos estão melhores. Para 74% dos entrevistados, as vendas serão melhores do que em 2020. Mas 12% acreditam que serão ainda piores do que no ano corrente. 8 % acham que serão similares à 2020 e 6% não souberam responder. “Nossa pesquisa trouxe um cenário vivido por muitos de nós, lojistas: um ano de dificuldades, aprendizados e superações. Embora usualmente o primeiro trimestre seja de vendas fracas, ainda assim estamos otimistas em relação à 2021. Mas do que nunca precisaremos nos unir e buscar soluções conjuntas. Um exemplo prático é a SAMPA WEEK que vem trazer uma luz no fim do túnel para o início de 2021, evitando o fechamento de empresas e consequentemente mais desempregos”, explica Aldo N. Macri, lojista e diretor do Sindilojas-SP. Quem respondeu A pesquisa foi aplicada entre os dias 03 e 15 de dezembro de 2020 e ouviu 105 empresas. 47% das empresas que responderam à pesquisa são do segmento de Vestuário e Acessórios; 13% de Cosméticos, Perfumaria e Higiene Pessoal; 8% de Utilidades Domésticas e Produtos de Limpeza; 8% de Móveis e Colchoaria; 7% de Relojoarias e Souvenires, 5% de Departamentos e Magazines; 5% de Tecidos e Armarinhos; 4% de Artigos Esportivos, de Caça, Pesca e Camping; 2% de Petshops e 1% de Brinquedos e Artigos Recreativos. Das lojas, 77% estão localizadas no comércio de rua, 13% em shopping centers, 3% em galerias e 7% delas em mais de um desses locais. Informações e orientações para empresas estão disponíveis no site do Sindilojas-SP www.sindilojas-sp.org.br . O Sindilojas-SP (Sindicato dos Lojistas do Comércio de São Paulo) é uma entidade empresarial que representa 30 mil empresas do comércio lojista e 100 mil empresários da cidade de São Paulo, estabelecidos em Shopping Centers e lojas de rua. |