Policiais Civis da Central de Polícia Judiciária de Presidente Prudente, com o apoio de policiais das Delegacias de Polícia Civil de Álvares Machado, Rancharia, Regente Feijó, Taciba, Pirapozinho, DISE de Presidente Prudente (DEIC), equipes do GER e do Setor de Capturas do DOPE, participaram ontem, 4, da operação Nacional denominada VETUS, cumprindo mandados de busca e prisão na capital do Estado.

Foi dado cumprimento a seis Mandados de Busca e Apreensão e um Mandado de Prisão Temporária, todos expedidos pela 1ª Vara Criminal de Presidente Prudente no bojo do Inquérito Policial que apura a prática de estelionato e associação criminosa. As investigações tiveram início com o registro de seis boletins de ocorrência de fatos ocorridos entre o final de março 2020 e início de abril de 2020, em que as vítimas, todas idosas, relatavam ter recebido ligações telefônicas de pessoas que se identificaram como funcionários das instituições bancárias que eles eram correntistas, informando que haviam sido realizadas compras e movimentações bancárias atípicas em suas contas, indagando-as se reconhecia tais movimentações, de pronto a vítima dizia não reconhecê-las.

Após negativa da vítima, o estelionatário (falso funcionário da instituição bancária) a orientava a ligar no número de telefone que consta no verso do cartão bancário, com o objetivo de solicitar o cancelamento. Ocorre que mesmo com a vítima desligando o telefone o estelionatário conseguia “segurar” a ligação, portanto, mesmo sendo feita nova discagem do número existente no cartão, quem estava do outro lado da linha era outro estelionatário que se portava como atendente responsável pelo setor de cancelamento de cartões, utilizando inclusive gravações como nas centrais de atendimento das instituições bancárias, dando assim maior credibilidade.

Durante o contato, o estelionatário conseguia obter com a vítima dados bancários, senhas alfanuméricas e seus dados pessoais (nomes dos pais, número de celular e etc..) visando utilizar esses dados para realização de movimentação bancária.

Ao término do atendimento, o estelionatário fazia a vítima acreditar que seu cartão estava bloqueado e a orientava a cortá-lo, mas sem danificar o chip, informando que enviaria um funcionário do banco ou policial civil para recolher o cartão para futura perícia e investigação. Entretanto, este suposto funcionário do banco ou policial civil na verdade é um integrante do grupo criminoso, e, após recolher o cartão imediatamente passa a realizar diversas compras, saques e transferências indevidas, utilizando a senha disponibilizada pela vítima durante a ligação mantida com o outro integrante do grupo, causando grande prejuízo.

A equipe da CPJ de Presidente Prudente (Serviço Especial de Investigações) ao longo de sete meses realizou diversas diligências e identificou quatro integrantes do grupo criminoso, sendo três homens e uma mulher.

Visando evitar esse tipo de estelionato a Polícia Civil orienta que em caso de ligação telefônica de pessoa que se identifica como funcionário de instituição bancária, que seja desligado o telefone e que o correntista procure a agência de sua instituição bancária e trate de problemas envolvendo a sua conta e cartões diretamente com seu Gerente de maneira presencial, na impossibilidade que realize ligação no número que consta no verso do cartão de crédito através de linha telefônica diversa daquele do primeiro contato.