Que o sol é uma grande fonte de vitamina D para o corpo, isso todo mundo sabe. No entanto, com o verão se aproximando, é importante saber os riscos do excesso dessa exposição à luz solar e como ela passa de um benefício para um grande problema de saúde: o Câncer de pele.
Enfim, chegou o verão. Mesmo com um ano tão atípico, certamente este é o período mais aguardado e preparado. Afinal, quem não gostaria de curtir uma boa praia ou piscina com muito sol e calor? No entanto, o preparo para esta época do ano também requer atenção e prevenção, daí a importância da campanha Dezembro Laranja.
E aí entra o dilema: o sol se torna o vilão do verão ou o mocinho, aquele tão desejado? Antes de responder a tal questionamento, é preciso entender alguns números. Desde 2014, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza essa campanha nacional para conscientizar a população sobre os riscos do câncer de pele.
Sobre o tratamento, a médica dermatologista Dra. Hellisse Bastos detalha recomendações valiosas sobre a doença: “Sabemos que os cânceres em geral, principalmente o de pele, que é o nosso foco aqui, são causados por alterações decorrentes do envelhecimento. Essas alterações geram micro inflamações, que são causadas por inflamações intestinais, pelo consumo de alimentos industrializados (ricos em xenobióticos, por exemplo), além do estilo de vida mais sedentário. Então é necessário cuidar de nosso terreno biológico, olhar para isso como um todo”, explica.
Dra. Hellisse reforça que, “com o envelhecimento, a gente passa a ter deficiências de ingestão, absorção e produção de hormônios e vitaminas. Então precisamos equilibrar isso”, detalha. Ela lembra que além da vitamina D, a C também é essencial para ajudar a pessoa na prevenção: “Esta possui um poderosíssimo antioxidante”, reforça.
Diversas celebridades já tiveram que enfrentar o câncer de pele. De forma silenciosa, ele pode causar uma série de danos. Mas, tomando os devidos cuidados, pode ser tratado da melhor maneira. A recomendação da médica é bem pontual: “Procure seu médico, faça exames frequentemente, dose suas vitaminas e seus hormônios. Não se esqueça de colocar seu organismo em equilíbrio, se alimentando de uma forma mais orgânica, por exemplo. Faça atividades físicas, se exponha ao sol, claro, com o uso do protetor solar e sem ser por longos períodos. Assim será possível fabricar vitamina D no corpo e se prevenir do câncer.”
Para quem vai à praia ou à piscina, a recomendação é aquela velha conhecida: “Não se esqueça de passar protetor em todo o corpo”. Mas, para quem vai ficar dirigindo, ela orienta também a passar esta proteção nas mãos.
A preocupação tem justificativa: de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente são diagnosticados 185 mil novos casos. Esse tipo de doença tem diferentes manifestações: as mais comuns são os carcinomas basocelular e espinocelular, ambos chamados de câncer não melanoma e com altos percentuais de cura. Por outro lado, o melanoma é mais agressivo e potencialmente letal. Porém, quando descoberto no início, tem mais de 90% de chances de cura. Se o Sol pode ser definido como vilão ou mocinho deste verão, a resposta é simples: depende de como você vai utilizá-lo em seu benefício.