O Instituto Butantan iniciou, neste sábado, 6, a produção de mais um lote de vacinas contra o coronavírus, a partir dos insumos que chegaram da China na noite de quarta-feira, 3.
Os 5,4 mil litros de matéria-prima enviados pela biofarmacêutica Sinovac, parceira internacional do Butantan, permitem a produção de 8,6 milhões de novas doses, que passarão por envase, rotulagem, embalagem e rigoroso processo de inspeção para controle da qualidade das ampolas. Elas começarão a ser entregues ao Ministério da Saúde no próximo dia 23, para integração ao PNI (Plano Nacional de Imunizações).
Na próxima quarta-feira, 10, o Butantan recebe mais 5,6 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) da Sinovac, correspondentes a mais 8,7 milhões de doses. Além disso, estão em fase de negociação outros 8 mil litros de matéria-prima.
Até 31 de janeiro, conforme cronograma estabelecido no contrato com o Ministério da Saúde, foram entregues 8,7 milhões de vacinas do Butantan para imunização dos brasileiros, das quais 6 milhões foram enviadas em 17/1, 900 mil em 22/1 e 1,8 milhão em 29/1. Nesta sexta-feira (5), foram liberadas mais 1,1 milhão de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério, totalizando 9,8 milhões já entregues pelo Governo de São Paulo ao país.
Processo de envase
A fábrica, com área produtiva de 1.880 metros quadrados, possui atualmente cerca de 370 profissionais, dos quais 120 foram contratados em janeiro para reforçar a produção da vacina contra o novo coronavírus.
O primeiro passo, a partir do recebimento da matéria-prima, é armazená-la em câmara fria e contêiner de aço inox. A partir disso, o contêiner é encaminhado para a sala de tanques para transferência do composto para a bolsa de agitação e, daí, para o tanque pulmão, onde ocorre o processo de envase.
Durante o processo de envase, os frascos-ampola são lavados e esterilizados por meio de ar seco quente, passam automaticamente para a entrada da máquina envasadora e, por meio de esteiras automáticas, são posicionados nas agulhas que despejam o produto dentro dos frascos via bomba dosadora. Os frascos-ampola já com o produto são entregues pela esteira automática à recravadora, para recebimento do selo de alumínio.
Uma terceira fase é a inspeção visual manual, rotulagem e checagem dos rótulos e, por fim, embalagem dos frascos-ampola.
Por último, após o conteúdo envasado, são feitos testes de qualidade por amostragem, incluindo aspecto, pH, volume extraível, volume médio, teor de alumínio, teste de vedação, osmolalidade, identidade, conteúdo antigênico, toxicidade, esterilidade e endotoxina.