Depois de um ano turbulento que abrangeu pandemia, um vírus letal e uma quarentena ensurdecedora, que se mesclou com uma barulhenta onda de informações ruins e colocavam, a todo instante, em xeque nossa saúde mental, em 2021, temos conosco que a vida é um bem precioso e que deve ser a todo custo mantido e preservado.
Muitas pessoas, depois disso, estão procurando formas de se curar de problemas psicológicos que surgiram em decorrência dos obstáculos do ano anterior. Uma das alternativas que surge, para cuidar da saúde mental, é a consulta terapêutica. Quando a vontade de participar de um atendimento psicológico vem à tona, a primeira ideia que surge é a de entrar em contato com algum consultório de psicologia. Muito comum, e também eficaz, fazer tratamento psicológico em consultórios convencionais, pode ajudar a ter mais controle da própria vida, mais consciência sobre si mesmo e ter mais amor próprio. Entretanto, para algumas pessoas, existe a dificuldade de conseguir verbalizar tudo o que se sente, o que pode prejudicar o sucesso nesse tipo de terapia.
Neste cenário, surge, então, a terapia com técnicas do Psicodrama. Essa teoria, criada por Jacob Levi Moreno, tem como objetivo levar à terapia mais alegria e versatilidade. Nela, ao invés de o paciente sentar e falar das suas aflições, sentimentos e emoções, ele é submetido a um palco que permite encenar as suas situações problema. Segundo a professora de oratória, palestrante e terapeuta, Sirley Machado Maciel, estudiosa da área e psicodramatista, “O Psicodrama é uma terapia que permite o paciente estar em contato visível com o seu problema. Se tiver conflitos com a sua mãe, por exemplo, o paciente é colocado em uma situação X e é convidado a “contracenar” com alguém que interprete a sua mãe. Desse modo, todas as emoções são colocadas à tona e vivenciadas ali, ao vivo”.
A terapia psicodramática coloca a ação no meio de um atendimento. Podendo ser realizada em grupo ou até mesmo sozinho, por meio do Psicodrama, as verdades do cotidiano são exploradas pela representação dramática e improvisada.
Para a professora Sirley, “Nas sessões de psicodrama em grupo, não só o protagonista, que é o paciente em questão, consegue tirar proveito da situação. Os que contracenam com ele também conseguem entender novas formas de visão e de se colocar no lugar do outro, de modo a gerar mais empatia”. Pela espontaneidade ser uma característica inerente a nós, nesse tipo de terapia, é possível termos novas respostas para cada problema que enfrentamos no dia a dia.
Não só como terapia, o Psicodrama pode ser aplicado em diversos outros setores da nossa vida: em atividades educacionais, treinamentos, entrevistas de seleção de pessoal, processos de avaliação e feedback, resolução de conflitos, para melhoramentos dos processos de comunicação e relacionamento interpessoal. Em todos esses casos, o Psicodrama surge como uma técnica altamente eficaz que não só resolve conflitos, mas, também, promove a empatia, estimula a criatividade e torna uma sessão simples, algo cheio de alegria.