O prefeito André Lemos havia solicitado para que a Secretaria Municipal de Saúde providenciasse exame visando à investigação quanto a variante P.1, com relação aos casos de covid-19 no município de Dracena. Através de coleta feita pelo Laboratório São Lucas, local, foram enviadas a empresa Dasa – rede de laboratórios, em Barueri (SP), as amostras. O resultado do exame apontou que das 10 amostras analisadas, apenas uma não é P.1. Esta cujo o resultado não comprovou a cepa o exame informou que trata-se de outras linhagens.
A variante foi identificada pela primeira vez no início de janeiro, em Manaus, está ligada ao aumento do número de casos no estado do Amazonas e, também no município de Araraquara, como foi divulgado recentemente pela mídia.
Conforme publicação da revista EXAME, embora existam centenas de variantes do coronavírus já identificadas no mundo, a variante brasileira P1 tem mutações que tornam o coronavírus mais contagioso e também mais resistente a anticorpos da doença, o que pode aumentar o número de casos inclusive entre as pessoas que já se recuperaram da covid-19.
Onde a nova variante brasileira P.1 já foi identificada?
Ainda de acordo com publicação feita pela revista EXAME, além do Amazonas, o Ministério da Saúde diz que a nova variante do coronavírus já foi identificada em nove estados, incluindo Ceará, Espírito Santo, Pará, Paraíba, Piauí, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina e São Paulo.
Em São Paulo, foram identificados casos na cidade de Araraquara, na capital paulista, em Jaú e em Águas de Lindoia.
Fora do Brasil, a linhagem P1 já foi identificada em casos em pelo menos 19 países (Alemanha, Bélgica, Colômbia, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Itália, Japão, Peru, Portugal, Turquia e Venezuela).
MUDANÇA TOTAL DE ESQUEMA DE TRABALHO NA CIDADE
A médica coordenadora da UTI COVID da Santa Casa de Dracena, Aline Damasceno informou que essa confirmação da P.1 na cidade muda completamente todo o esquema de trabalho. “Hoje estaremos em reunião o dia todo para tratar sobre isso. Iremos entrar em contato com o Hospital Emílio Ribas, procurar uma alternativa, saber um pouco mais a respeito dessa cepa. O comportamento dos pacientes, a evolução da doença é totalmente diferente e muito mais agressiva, isso já havia nos assustado com a evolução dos nossos pacientes, requer um pouco mais de estudo e de cuidado da nossa parte. Vamos tentar gerar um novo plano de ação para poder atender esses pacientes mais precocemente para poder intervir e agora buscar informações para poder montar um protocolo de atendimento para isso. Todos nós estamos muitos cansados, é muito complicado ver tanta gente nova morrendo. Vamos precisar preparar a equipe para atender”, explicou a médica.
Ela disse mais uma vez que é uma cepa mais agressiva, tem uma facilidade maior de disseminação e uma letalidade maior pelo fato de ter mais facilidade de adentrar a célula humana.
Dra. Aline concluiu fazendo um alerta: “A princípio ainda o melhor é o isolamento social e evitar pegar a doença”.