A Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário, realizada pelo departamento de Economia e Estatística, registrou em março a comercialização de 4.761 unidades novas na cidade de São Paulo “Apesar da queda de 5% em relação a fevereiro (5.009 imóveis), a comercialização cresceu 77,5% frente ao resultado de março do ano passado (2.683 unidades)”, destaca Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
No acumulado de 12 meses (abril de 2020 a março de 2021), as 54.964 unidades comercializadas representaram um aumento de 5,9% em relação ao período anterior (abril de 2019 a março 2020), quando foram negociadas 51.897 unidades.
Os imóveis que mais se destacaram no mês foram os de 2 dormitórios, com área útil entre 30 m² e 45 m² e preços de até R$ 240 mil. “Imóveis econômicos participaram com 62% do total comercializado no mês e apresentaram crescimento de 120% em relação a março de 2020, quando foram vendidas 1.350 unidades”, destaca Petrucci.
Em março deste ano, 2.967 unidades vendidas e 2.083 unidades lançadas foram enquadradas como econômicas (dentro dos parâmetros do programa Casa Verde e Amarela). A oferta desse tipo de imóvel totalizou 22.102 unidades disponíveis para venda.
No segmento de mercado de médio e alto padrão, a Pesquisa Secovi-SP identificou 1.794 unidades vendidas, 1.414 unidades lançadas e oferta final de 19.735 unidades.
Lançamentos – Segundo apurado pelo Secovi-SP, foram lançadas 3.497 unidades na cidade de São Paulo em março – um crescimento de 108% quando comparado ao resultado de fevereiro (1.680 unidades). Em relação às 1.761 unidades lançadas em março do ano passado, o aumento foi de 98,6%.
No acumulado do ano, os lançamentos totalizaram 6.971 unidades, das quais 65% (4.560 unidades) de imóveis econômicos.
“O bom desempenho mostra que as incorporadoras mantiveram os seus esforços de vendas on-line, uma vez que o atendimento presencial nos estandes ficou impossibilitado a partir da reclassificação do Plano SP para uma fase mais restritiva”, explica Emilio Kallas, vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP. “Inclusive, alguns lançamentos previstos para acontecer em março foram reprogramados para os meses seguintes”, complementa.
A preocupação do setor se concentra na contínua elevação de preços dos insumos das obras. “Temos acompanhado com muita apreensão essa trajetória de alta de preços, cuja consequência em um futuro bem próximo será o repasse do custo para o valor do imóvel, algo que não desejamos, pois os números da pesquisa demonstram que estamos atendendo a demanda reprimida, tanto em termos de produtos quanto de preços” alerta Basilio Jafet, presidente do Secovi-SP.
Oferta – A capital paulista encerrou o mês de março com a oferta de 41.837 unidades disponíveis para venda. A quantidade de imóveis ofertados ficou 1,7% abaixo da registrada em fevereiro (42.561 unidades) e 22,3% acima do volume de março de 2020 (34.205 unidades). Esta oferta é composta por imóveis na planta, em construção e prontos (estoque), lançados nos últimos 36 meses (abril de 2018 a março de 2021).
Confira a Pesquisa do Mercado Imobiliário do Secovi-SP completa. Ela traz indicadores da Região Metropolitana de São Paulo.