A Polícia Civil através das Delegacias de Investigações Gerais (DIG) e da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (DISE) de Dracena cumpriu Mandado de Prisão Preventiva expedido pela 1ª Vara do Foro da Comarca de Tupi Paulista contra o Funileiro A. B.S. de 37 anos, casado, acusado da prática de crimes de Estelionato e de Apropriação Indébita contra os clientes dele.
O homem, que foi localizado e preso em sua residência no bairro Virgilio Fioravante, não resistiu à prisão e permaneceu recolhido sistema prisional a disposição da Justiça.
Consta na polícia que o acusado tinha uma funilaria em Tupi Paulista e pegava os serviços dos clientes para consertar os carros, mas na verdade atrasava o período para devolvê-los ou devolvia faltando peças que ele mesmo retirava.
O delegado Anderson Moisés Vieira de Tupi Paulista disse que várias pessoas procuraram a delegacia declarando que contrataram os serviços de funilaria com o A.B.S. que exigia o pagamento antecipado, dizendo que já estaria executando os consertos, mas nunca entregava os veículos. As vítimas então constataram que os veículos estavam na funilaria praticamente depenados. “Ele, além de receber o dinheiro dos serviços, ainda vendia as peças dos veículos que eram deixados nos cavaletes”, afirmou o delegado.
O delegado disse ainda que durante as investigações a polícia conseguiu recuperar alguns veículos que foram abandonados na oficina e depenados. Uma das vítimas, de Mirandópolis, que deixou o veículo Gol ano 2010 na funilaria do acusado, conseguiu tê-lo de volta algum tempo depois depenado, teve que repor R$ 12 mil em peças que tinham sido retiradas. A vitima ainda pagou R$ 6.000 pelo serviço de mão de obra para montar o carro de novo.
Segundo o delegado Anderson, que instaurou o inquérito e solicitou a prisão preventiva a Justiça contra o funileiro, sete vítimas registraram Boletins de Ocorrência contra o funileiro em Tupi Paulista, duas em São João do Pau D Alho e houve também mais duas queixas, uma vítima de Nova Independência e outra de Mirandópolis.
De acordo com o delegado Tupiense, durante os inquéritos, ao ser ouvido o funileiro não falava para quem vendia as peças, mas chegou a dizer que iria devolver o veículo do cliente, mas não devolveu reparado.
Anderson Moises Vieira ressaltou que em alguns casos as peças foram recuperadas, mas em sua maioria não e diante disso instaurou os respectivos inquéritos policiais de Estelionatos e Apropriação Indébita e os encaminhou ao Judiciário. O pedido de Prisão Preventiva no final do mês passado que foi expedido contra o autor dos golpes, que vinha sendo investigado há cerca de três anos, quando foi registrado o primeiro boletim de ocorrência.