O Ministério da Saúde decidiu incorporar o exame de dosagem de anticorpo antirreceptor de acetilcolina, hormônio que realiza a comunicação entre os neurônios, para diagnóstico de miastenia gravis. A doença provoca fraqueza em músculos específicos, como braços, pernas, rosto, e tórax, ou de forma generalizada. Um dos sintomas mais frequentes é a pálpebra caída e a visão distorcida.
Antes, a detecção da doença era feita com base no histórico do paciente, de acordo com os sinais e sintomas apresentados. Também era realizada a partir do exame eletroneuromiográfico, que avalia a presença de lesões nos nervos e músculos por meio de Estimulação Nervosa Repetitiva (ENR).
Os estudos para o novo tipo de exame, coletado em amostras de sangue, mostram que ele é capaz de diagnosticar a doença por meio da identificação e quantificação de anticorpos que se ligam ao receptor da acetilcolina, ainda que se encontrem em quantidades muito pequenas no organismo.
As análises também permitiram saber quais indivíduos possuem a doença, quando comparado ao exame de ENR, tanto no diagnóstico da forma da doença que atinge os olhos quanto na forma generalizada da doença, ou seja, quando atinge aos demais membros do corpo.
Leia aqui o relatório de recomendação do exame validado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).
SAIBA MAIS SOBRE A DOENÇA
A miastenia gravis é uma doença autoimune que impede a comunicação entre os nervos e os músculos, provocando fraqueza muscular, sintoma que melhora com repouso e piora com exercício ou ao longo do dia.
A enfermidade pode se manifestar em qualquer idade, acometendo mais mulheres do que homens. O tratamento conta com remédios que auxiliam na remoção do excesso de anticorpos causadores da doença.