A população deve tomar a segunda dose da vacina covid-19 mesmo que a aplicação ocorra fora do prazo recomendado pelo laboratório. Essa é a orientação do Ministério da Saúde, que reforça a importância de se completar o esquema vacinal para assegurar a proteção adequada contra a doença. As recomendações estão em uma nota técnica, divulgada nesta segunda-feira (26/04) pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Atualmente, o Brasil conta com duas vacinas disponíveis, ambas com a necessidade de duas doses para garantir a imunização completa. A Sinovac/Butantan deve ter a aplicação da dose 2 no intervalo de quatro semanas. A AstraZeneca/Fiocruz no intervalo de 12 semanas.
Com o aumento no número de casos de coronavírus e a necessidade da aceleração da vacinação, o Ministério da Saúde mudou a estratégia no início de março, com o envio de doses da vacina Sinovac/Butantan começando a ocorrer em duas etapas: primeiro com a entrega da dose 1 e, quatro semanas depois, da dose 2 – o que já estava ocorrendo com o imunizante da AstraZeneca desde o início da campanha. A quantidade de doses a serem enviadas, tanto para a primeira quanto para a segunda aplicação, é cuidadosamente detalhada através dos informes técnicos, divulgados toda a semana aos estados e municípios.
A partir da 11ª pauta de distribuição de vacinas, realizada no fim de março, o Ministério da Saúde começou a enviar as segundas doses da vacina Sinovac/Butantan para completar o esquema vacinal dos brasileiros. Atualmente, há três grupos prioritários pendentes da segunda aplicação dessa vacina: 3% dos trabalhadores da saúde, 6,2% das forças de segurança, salvamento e Forças Armadas e 1,9% dos idosos entre 60 e 64 anos, totalizando 416.507 de pessoas. A previsão de envio da segunda dose para esses grupos é para a primeira semana de maio, cumprindo o ciclo vacinal no tempo adequado.
O Ministério da Saúde presta apoio aos estados para garantir a compensação e o fechamento do esquema vacinal dos grupos prioritários iniciados, com a previsão de recebimento de novas remessas de vacinas na primeira quinzena de maio. A recomendação é de que estados e municípios sigam as orientações do Governo Federal quanto ao avanço da imunização dos grupos prioritários sequencialmente definidos no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 (PNO).
(Marina Pagno/Ministério da Saúde)