A administração municipal, através do prefeito André Lemos, anunciou na sexta-feira publicamente, a instalação da Casa da Cultura na cidade.
Dracena nunca teve um local como deverá ser este, valorizando a história da cidade, assim como os seus artistas e, também todo o acervo da biblioteca municipal.
Atualmente, a Secretaria de Cultura e a Biblioteca Municipal ‘Professora Nilce Teresinha Arinos de Carvalho’ estão instaladas na parte inferior do Ginásio Municipal Dovilho Moura, de maneira acanhada.
O nome de Dracena já foi levado internacionalmente através das Artes no passado, com o grupo de teatro Com Licença Vou à Luta, também por pianistas de um conservatório musical famoso que existe na cidade na década de 90 e mais recentemente pelo grupo Camafeu, da professora Marina Gregolin.
Sensibilizado com a Cultura, o prefeito André Lemos junto a sua equipe da Secretaria de Cultura e Turismo, através do secretário Douglas Carvalho e da diretora da pasta, Mayra Simões, miss São Paulo 2004, tornará realidade a Casa da Cultura.
Na sexta-feira o prefeito visitou o local junto aos secretários Douglas Carvalho e Mayra Simões; Thiago dos Santos (Fazenda); o juiz de direito e diretor da Comarca local, dr. Marcus Frazão Frota; o vereador Célio Ferregutti, representando o Legislativo; Gabriel Faveri, diretor de Arquitetura do município e o historiador dracenense Rogério Edson.
Eles aproveitaram para verificar as instalações do prédio construído em 1953, cuja estrutura é elogiável. O local ainda conta com mobílias que deverão ser reaproveitadas, como cadeiras que estão bem conservadas.
Foi um momento de grande satisfação também para o historiador Rogério Edson, entusiasta da história da Cidade Milagre, que com seus 20 anos de idade, no tempo de fundação do município, pôde conhecer e ser amigo do fundador do município Írio Spinardi.
Rogério comentou que sem dúvida nenhuma aquela sexta foi um dos dias mais felizes da sua vida. “Estou emocionado, prometi ao Írio que iria preservar a história de Dracena e, hoje vejo que estamos conseguindo cumprir deixando a Casa da Cultura para todos e as futuras gerações que estão por vir”, comemorou.
O juiz Marcus Frazão também estava muito feliz com a notícia, porque o Judiciário local fez questão que o antigo prédio do Fórum, da Emdaep e da Vara do Trabalho pudesse ser ocupado pelo município e transformado na Casa da Cultura.
Durante a visita, dr. Marcus aproveitou para dar uma sugestão ao prefeito André e ao secretário de Cultura, Douglas, que na parte do fundo do prédio fosse feito um tipo de bistrô, onde os visitantes pudessem ir conferir à Cultura e ainda quem sabe tomar um café.
COMO SE DEU O PROCESSO COM O JUDICIÁRIO
Dr. Marcus Frazão explicou que em 1990 foi entregue o Fórum, onde se encontra nos dias de hoje na Rua Bolívia.
No ano de 1953, foi repassado o uso do prédio do antigo Fórum, por lei estadual para ao município, para servir à Emdaep e à Justiça do Trabalho.
A Emdaep permaneceu por um período e, depois saiu permanecendo a Justiça do Trabalho, que fez reformas e adequações, no prédio entre elas, de acessibilidade.
“Quando assumi em 2015 vimos que tinha um problema sério de espaço o Fórum atual, o Ministério Público não tinha sede própria era tudo junto, e as três varas também. As instalações do Fórum são menores que o de Tupi Paulista que só tem duas varas”. Prosseguindo contando: “Fizemos um requerimento junto ao presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do interior para que aquele prédio fosse devolvido ao Estado e, por conta deste requerimento requisitou que fosse feitas obras de um novo prédio da Vara do Trabalho, resultando na mudança da Vara do Trabalho em 2019 daquele prédio para o prédio atual”.
Dr. Marcus afirmou que uma parte do Judiciário iria para o prédio novo do trabalho, mas nesse período de construção da Vara do Trabalho em 2015, o MP autorizou a construção de um prédio para a Promotoria de Dracena, então liberou espaço no Fórum, com a mudança dos promotores e equipe para o prédio próprio localizado atrás do Fórum.
Dr. Marcus pontuou ainda que na época, o Tribunal de Justiça autorizou as obras de ampliação no Fórum atual, então aquele prédio do antigo fórum ficou sem uso, houve um pedido da Delegacia Seccional da Polícia Civil para instalar as delegacias lá e foi mandado para o Judiciário local se manifestar. O juiz informou que não foi dado um parecer positivo e encaminhou tal decisão para o presidente do Tribunal se manifestar.
“Ficou tudo parado, veio à pandemia, e a Delegacia Seccional desistiu de ir para aquele prédio antigo, contudo surgiu o interesse da atual administração em ocupar o prédio, então encaminhamos ao Tribunal o pedido e demos o parecer favorável. O TJ, através da sua presidência indicou que concordar apenas faltando a formalização de tal ato para a Prefeitura ficar com o prédio, até mesmo porque a lei feita em 1990 cedendo para o município o local ainda está vigente”, concluiu dr. Marcus.