O Índice de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) fechou junho de 2021 com alta de 3,23%. Tanto os produtos vegetais (IqPR-V) quanto os animais (IqPR-A) apresentaram reajustes em seus índices, com ascensões respectivas de 3,24% e 3,21%.
A importância da cana de açúcar na formação do índice de preços recebidos pelo produtor paulista – que com a quebra de safra gerada pela estiagem continuou subindo e fechou no campo nesse mês de análise com reajuste de 6,15% – pode ser visualizada quando se exclui esse produto do cálculo. Nesse caso, o índice geral tem um aumento menos significativo (+1,06%) e os de produtos vegetais apresenta queda (-0,96%) em junho.
No mês de junho de 2021, 10 dos 16 produtos analisados tiveram elevações de preços. Destacaram-se os reajustes da carne suína (+8,69%), da laranja para indústria (8,64%) e da banana nanica (+7,95%). Já as maiores quedas foram apresentadas pelo tomate para mesa (-17,76%), arroz (-16,12%) e milho (-9,34%).
Índices acumulados nos últimos 12 meses
No acumulado de junho/2020 a junho/2021, todos os índices apresentaram reajustes positivos. Nesse intervalo, o IqPR variou positivamente em 11 meses, num acúmulo de reajuste de 47,26%. Com o acometimento da população brasileira pelo vírus da COVID-19, as altas dos índices foram acentuadas progressivamente até o mês de novembro/20. Após uma queda no último mês de 2020, altas progressivas e ininterruptas gereram aumentos que no acumulado dos cinco (6) primeiros meses de 2021 atingiram um reajuste do IqPR que atinge 19,20%.
Nesse intervalo de 12 meses, a alta dos produtos de origem animal (IqPR-A) chegou a 48,85%, enquanto os produtos de origem vegetal subiram 46,35%. Nesse período de um ano, 15 produtos do levantamento tiveram reajustes. Milho (94,69%), algodão (86,72%) e café (72,60%) foram as culturas que apresentaram as maiores altas no campo paulista nos últimos 12 meses.