A produção paulista de grãos fecha a safra 2020/21 com estimativa de 8,6 milhões de toneladas, um decréscimo de 6,5% em relação à safra anterior. A área total cultivada foi de quase 2,4 milhões de hectares, com produtividade média de 3.604 kg/ha. Os dados são do 12° Levantamento da Safra de Grãos 2020/21, publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Em São Paulo, a colheita do algodão está encerrada nos 4,7 mil hectares cultivados com esta cultura na temporada. Foram obtidas cerca de 18,7 mil toneladas de algodão em caroço ou 7,3 mil toneladas de algodão em pluma, com uma classificação qualitativa da fibra entre boa e regular. A redução é de 57,7% em comparação ao volume produzido em 2019/20, principalmente em razão da redução na área plantada.
Já a produção total paulista de amendoim em 2020/21 deve chegar a 561,6 mil toneladas, um aumento de 7,1% em comparação à temporada passada. O estado é o principal produtor brasileiro e o período mais adequado para o cultivo de amendoim vai do final de fevereiro até final de março.
Em relação ao milho, mesmo com o aumento de área plantada em comparação ao exercício passado, o resultado da safra deve ser inferior àquele visualizado em 2019/20, principalmente pelas condições climáticas, com registros de escassez hídrica pela falta de chuvas, além de incidência de geadas que prejudicaram parte do desenvolvimento da cultura.
Na Região Sudeste, a maior porção do cultivo de arroz é observada em São Paulo. Foram 10,1 mil hectares cultivados na região, sendo 8,3 mil hectares em áreas paulistas. Quanto à produção, o volume total colhido no estado foi de 39,8 mil toneladas, representando incremento de 19,2% em relação ao resultado obtido em 2019/20. As condições climáticas começaram oscilantes e melhoraram durante o ciclo, favorecendo o desenvolvimento da cultura, que apresentou um rendimento médio superior à temporada passada.
A Região Sudeste também apresentou recordes históricos de área, produtividade e produção de soja nesta temporada. Em São Paulo, a produção chegou a quase 4,3 milhões de toneladas, um aumento de 8,6% em relação ao volume produzido na safra anterior.
Já sobre o trigo, a previsão é de diminuição na produtividade média estadual, e, consequentemente, no volume final colhido, ambos comparados aos valores obtidos em 2020. Foram observadas perdas severas em razão da estiagem e das geadas.