LETÍCIA PINHEIRO

DA REDAÇÃO

 

O Dia dos Reis Magos é comemorado no dia 6 de janeiro, quinta-feira. Nesta data será celebrada missa, às 19h30, na Igreja Matriz Nossa Senhora Aparecida.  A missa era celebrada em residência no Jardim Kennedy, mas em razão da pandemia de covid-19 passou a ser na igreja matriz.

REIS MAGOS – Confira trechos do texto escrito por Dom João Baptista Barbosa Neto, OSB, monge do Mosteiro de São Bento (SP), publicado no site:a12.com em dezembro de 2020, explicando sobre os reis magos. Chamavam-se, segundo algumas lendas e acatadas pela tradição, Gaspar, rei de Társis e da ilha Egriseula, Baltazar, rei de Godolias e de Sabá, e Belchior ou Melchior, rei da Núbia. Segundo o santo Doutor da Igreja, o beneditino Beda, o venerável, os magos vieram da Babilônia, Pérsia e Arábia. No entanto, é difícil precisar a localidade de cada um deles.

Mesmo com informações tão escassas, eles são de máxima importância para a cultura cristã, tanto que tem até uma data para comemorar a visita que fizeram ao Menino Jesus, o dia 6 de janeiro. No Brasil são festejados no interior de Minas Gerais, São Paulo, Goiás e outras localidades com as populares Folias de Reis, nas quais alguns músicos e outros festeiros vestidos com roupas especiais para a ocasião visitam as casas levando alegria e rezando com preces para o ano que se inicia.

Liturgicamente os Reis Magos aparecem na Festa da Epifania do Senhor, celebração surgida no início do século 4º, no Egito e gradativamente difundida para outras regiões do mundo conhecido. Tal celebração busca focar na manifestação salvadora de Jesus para além do povo judeu. Estes sábios não abraâmicos e de diversas origens étnicas, são o sinal do amor que Deus tem por toda a humanidade.

Os três vieram de regiões diferentes. Não se conheciam. Eram magos, astrólogos e amantes dos astros, reconhecendo a divindade que a tudo rege sendo as estrelas instrumentos comunicativos entre Deus e o homem. Sentiram-se impelidos a seguir uma brilhante estrela. Lembrando esta mesma estrela, em 2020 tivemos o privilégio de vê-la, assim como os Reis Magos. Trata-se da rara conjunção entre Júpiter e Saturno, os dois maiores planetas do sistema solar.

No presépio eles estão presentes diante do Menino Jesus a oferecer-lhe presentes: ouro – recordando sua realeza –, incenso – símbolo do sacerdócio – e mirra – morte e ressurreição futuras. Foram, aliás, estes presentes que ajudaram na subsistência da Sagrada Família refugiada em terra estrangeira, no Egito. Estes presentes dos santos Reis proporcionaram a proteção do Menino Jesus, de Nossa Senhora e de São José.

Ajudou na propagação das histórias lendárias e devoção aos três Reis Magos, o frade carmelita João de Hildesheim ao escrever o “Livro da gesta da tripla deslocação dos três muito Bem-Aventurados Reis, os quais foram as primícias dos povos e o modelo de salvação de todos os cristãos.”, narrativa produzida no século 14, a partir da compilação de documentos e histórias contadas e recontadas ao longo do tempo. É daí que sabemos os nomes e as origens destes três magos.

Após a visita ao Menino Jesus quando lhe ofereceram os três célebres presentes, os reis passaram a viver juntos na Índia. Diz-se também que São Tomé quando para lá se dirigiu, encontrou emblemas artísticos da estrela e do Menino Jesus, assim como o sinal da cruz, mandados estes símbolos serem impressos pelos três Reis que agora lá viviam. Na ocasião, o santo que um dia duvidou, se encontrou também com os três reis e consagrou-os bispos. Os três reis morreram com poucos dias de diferença um do outro, sendo sepultados com todas as honras em túmulos conjuntos, tornando-se o lugar centro de culto donde muitos fiéis receberam diversas graças. (Fonte: a12.com).