Da Redação
“A ave deve ingerir água equivalente a 10% do seu peso vivo por dia. É claro que há variação de acordo com a idade, mas sua importância é a mesma em todas as fases: a ausência de água de qualidade leva a sérios distúrbios metabólicos, podendo ser até fatal”, alerta Josênio Cerbaro, Gerente de Programa de Qualidade de água Feed Additives da Trouw Nutrition.
Segundo o especialista, as aves devem ter acesso a água em quantidade suficiente, porém os produtores não podem esquecer de oferecer água de qualidade e na temperatura ideal, uma vez que especialmente no verão o calor corporal tem impacto direto no ganho de peso e na produção de ovos. “As aves com desidratação podem apresentar sinais como pele seca, olhos fundos, fraqueza, coloração das mucosas mais escuras que o normal (rósea), aumento da frequência cardíaca, entre outros”, informa Cerbaro.
“A ingestão de água pelas aves depende também das condições de infraestrutura da granja. Por exemplo, a altura dos bebedouros devem acompanhar as fases de crescimento e é preciso garantir espaço adequado para que não haja competição entre elas”, explica o gerente.
Em termos de qualidade, a água deve ser potável, apresentando determinadas características, como ausência de turbidez e matéria orgânicas e ter pH um pouco abaixo de 7. Os níveis de dureza (carbonato de cálcio e de magnésio) também devem estar baixos, assim como os sólidos totais dissolvidos e ausência completa de contaminação microbiológica, como, por exemplo, coliformes totais e Escherichia coli.
Josênio Cerbaro destaca que o constante monitoramento da qualidade da água é uma das mais importantes medidas preventivas. “Existem padrões de resultados que devem ser seguidos e intervenções podem ser necessárias. Para a presença de contaminação microbiológica, a correta higienização dos reservatórios e sistema hidráulico da granja deve ser feita com o auxílio de produtos detergentes e ácidos para remoção do biofilme. Já na ocorrência de turbidez e excesso de matéria orgânica, a remoção é realizada com filtros de pressão negativa de areia fina e carvão ativado somada à retrolavagem”.
Para as águas com componentes físico-químicos elevados, o tratamento pode incluir ácidos orgânicos tamponados. Desta forma é possível reduzir o pH da água, sendo o ideal pH 3,8 para impedir o desenvolvimento bacteriano sem comprometer o consumo da água.
Munidos de alta tecnologia, os ácidos orgânicos tamponados representam uma ferramenta segura para tratar e melhorar a qualidade da água, sem oferecer riscos à produtividade da granja, além de barreira natural contra bactérias patogênicas no animal (efeito bactericida) e na própria água, melhorando a sua qualidade. “A mistura de ácidos orgânicos tamponados de cadeia curta e de cadeia média faz como que cada ácido orgânico atue em seu meio, obtendo sua dissociação e consequente controle do crescimento bacteriano”, enfatiza o especialista da Trouw Nutrition.