DA REDAÇÃO
Na terça-feira, 10, uma equipe da Polícia Militar Ambiental foi acionada para resgatar um tamanduá-bandeira que apareceu no quintal de uma residência no Bairro Guaraniuva, em Pacaembu.
Chegando ao local os policiais fizeram a contenção do animal e como não havia nenhuma evidência de estar com ferimentos foi solto em seu habitat natural, em uma mata ciliar próximo ao Rio do Aguapeí em Pacaembu.
O tamanduá-bandeira pode atingir 2,4 metros de comprimento, da ponta do focinho até a ponta da cauda. Possui pelagem marrom-acinzentada, as patas dianteiras são brancas, seu peito e dorso são marcados por listras pretas e sua cauda é volumosa. Podem ser encontrados em toda a América do Sul e Central, embora sua população tenha diminuído consideravelmente na América Central.
Para prosperarem, eles precisam se movimentar por grandes áreas com florestas. Eles geralmente são encontrados em florestas tropicais e secas, savanas e pastagens abertas, onde há abundância de formigas, que são fundamentais para sua alimentação. Usam suas garras afiadas para fazer uma abertura no formigueiro e colocar seu longo focinho, sua saliva pegajosa e sua língua eficiente para trabalhar. Mas, eles precisa comer rapidamente, movimentando sua língua até 150 vezes por minuto. As formigas revidam com picadas dolorosas, então o tamanduá pode passar apenas um minuto se alimentando em cada formigueiro.
O tamanduá-bandeira nunca destroi o formigueiro, preferindo retornar e se alimentar novamente no futuro. Esses animais não contam com a visão — que é fraca — para encontrar sua fonte de alimento, mas sim com o olfato, que é 40 vezes mais poderoso que o dos humanos. São geralmente animais solitários e as fêmeas têm um único filhote uma vez ao ano, que às vezes pode ser visto agarrado nas costas de sua mãe.
Os filhotes deixam a mãe depois de dois anos, quando são considerados totalmente adultos. Segundo o Decreto nº 63.853/18 em seu Anexo I, o tamanduá-bandeira está ameaçado de extinção na situação de vulnerável, ou seja, espécie que apresenta alto risco de extinção a médio prazo.