Polícia Ambiental devolve tamanduá-bandeira à natureza
DA REDAÇÃO
Na quinta-feira, 13, uma equipe da Polícia Militar Ambiental foi acionada para resgatar um tamanduá-bandeira que apareceu no quintal de uma residência na Vila Nova em Presidente Bernardes. Chegando ao local, os policiais fizeram a contenção do animal e como não havia nenhuma evidência de estar com ferimentos foi solto em seu habitat natural, no Parque Estadual do Rio do Peixe, em Presidente Venceslau, em uma mata ciliar.
O tamanduá-bandeira pode atingir 2,4 metros de comprimento, da ponta do focinho à ponta da cauda. Possui pelagem marrom-acinzentada, as patas dianteiras são brancas, seu peito e dorso são marcados por listras pretas e sua cauda é volumosa. O tamanduá-bandeira pode ser encontrado em toda a América do Sul e Central, embora sua população tenha diminuído consideravelmente na América Central. Para prosperar, eles precisam se movimentar por grandes áreas com florestas.
Geralmente são encontrados em florestas tropicais e secas, savanas e pastagens abertas, onde há abundância de formigas, que são fundamentais para sua alimentação. Usa suas garras afiadas para fazer uma abertura no formigueiro e colocar seu longo focinho, sua saliva pegajosa e sua língua eficiente para trabalhar. Mas, ele precisa comer rapidamente, movimentando sua língua até 150 vezes por minuto. As formigas revidam com picadas dolorosas, então o tamanduá pode passar apenas um minuto se alimentando em cada formigueiro. Ele nunca destrói o formigueiro, preferindo retornar e se alimentar novamente no futuro. Esses animais não contam com a visão — que é fraca — para encontrar sua fonte de alimento, mas sim com o olfato, que é 40 vezes mais poderoso que o dos humanos. São geralmente animais solitários e as fêmeas têm um único filhote uma vez ao ano, que às vezes pode ser visto agarrado nas costas de sua mãe. Os filhotes deixam a mãe depois de dois anos, quando são considerados totalmente adultos.
Segundo o decreto nº 63.853/18 em seu Anexo I, o tamanduá-bandeira está ameaçado de extinção na situação de vulnerável, ou seja, espécie que apresenta alto risco de extinção a médio prazo.