PF  investiga participação de funcionária do INSS em estelionato praticado em Regente Feijó

Polícia Federal de Presidente Prudente

PF  investiga participação de funcionária do INSS em estelionato praticado em Regente Feijó

 

Por g1 Presidente Prudente

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (8), em São Paulo (SP), a segunda fase da operação Treda. Os policiais investigam a participação de uma servidora do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) na prática de atos de corrupção no fornecimento de dados de segurados a estelionatários.

Um dos casos de estelionato aconteceu em Regente Feijó.

Segundo a Polícia Federal, a investigação busca coletar elementos de prova adicionais sobre a suspeita de corrupção da trabalhadora.

Ao que tudo indica, os delitos consistiam em fornecer dados dos segurados e senhas do acesso ao portal MEU INSS a dois estelionatários, mediante o recebimento indevido de vantagem em dinheiro.

As informações permitiam aos criminosos praticarem fraudes bancárias diversas, principalmente na obtenção fraudulenta de empréstimos consignados em nomes dos beneficiários do INSS, titulares dos direitos ativos.

Alguns atos de corrupção, suspeitos de terem sido praticados pela servidora, foram identificados no decorrer da investigação anterior. Um dos casos de estelionato identificados foi praticado em Regente Feijó, em detrimento da Caixa Econômica Federal.

A identidade da servidora e os demais fatos criminosos foram descobertos a partir dos dados coletados na primeira fase da operação Treda, deflagrada em agosto de 2022. Na época, foi cumprido mandado de busca e apreensão na residência de um dos suspeitos.

Ainda de acordo com a Polícia Federal indícios apontam que, até o momento, a servidora em questão recebia vantagem indevida dos estelionatários desde 2020. Ao fornecer os dados dos segurados, tais informações deveriam ser protegidas por ela.

Diante dos fatos até então investigados, a Justiça Federal determinou o afastamento da servidora do exercício da função pública como medida alternativa ao decreto de sua prisão preventiva.

A delegada responsável pelo caso informou ao g1, que o estelionatário era de São Paulo e tentou sacar o empréstimo consignado, que tinha conseguido fazer fraudulentamente em nome de um segurado do INSS.

No momento em que o envolvido tentava sacar o dinheiro, a agência bancária desconfiou do documento falso de identidade e pediu para que ele esperasse um pouco. Foi quando ele saiu correndo do local e a investigação teve início.

Os policiais identificaram a verdadeira identidade do estelionatário e fizeram buscas. A partir do aparelho celular dele foi possível descobrir que ele recebia informações da servidora, a quem os estelionatários se referiam como “velhinha”