Automação na Agricultura
Fernando Mendes Lamas
Pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste
Processos que antes eram morosos, com elevada demanda de mão de obra e gasto energético, estão se tornando cada vez mais simples. E o que é melhor: facilitando a vida das pessoas e aumentando a produtividade do trabalho. Na década de 1970, a modernização da agricultura baseou-se em um tripé: crédito rural, extensão rural e pesquisa agrícola. Dessa forma, as peças fundamentais para o crescimento da produtividade agrícola estariam alicerçadas na tecnologia.
Com o conhecimento proporcionado aos agricultores, o que antes era uma atividade atrasada, transforma-se num setor dinâmico, com efeitos espetaculares sobre toda a economia brasileira, gerando renda e empregos. O Brasil que, até meados do século XX, era um grande importador de alimentos e fibra, transforma-se num grande exportador desses produtos. Toda essa espetacular transformação se deve ao modelo de pesquisa agrícola adotado no Brasil e à capacidade empreendedora dos agricultores brasileiros.
Agora, estamos em uma nova “onda”, quando a automação dos processos é uma realidade. A agricultura digital cresce em todas as regiões brasileiras. A escala deste crescimento é variável entre regiões, entre agricultores e entre atividades. Sistema de produção intensivo e integrado é a chave para o sucesso.
O telefone celular, com o surgimento dos aplicativos, está se tornando uma ferramenta da maior relevância para o agricultor. Apenas para citar um exemplo, o aplicativo ZARC – Plantio Certo desenvolvido pela Embrapa disponibiliza para o agricultor em fração de segundos um conjunto de informações que minimizam sobremaneira riscos da atividade agrícola. Diversas outras ferramentas estão disponíveis, todas elas trazem consigo um conjunto muito grande de informações que, se devidamente utilizadas, irão contribuir para a melhoria da produtividade.
Já é possível controlar remotamente o desempenho de uma máquina que está realizando a semeadura de soja, por exemplo, além de um sem número de outras atividades da maior relevância quando se pensa em melhoria da produtividade dos fatores de produção. Por outro lado, é preciso cada vez mais conhecimento para que possamos transformar em informações os dados que são coletados pelas mais variadas formas de sensores, inclusive na estação meteorológica. Sabendo processar e interpretar corretamente os dados, é possível tomar decisão sobre quando realizar uma pulverização para o controle de pragas, por exemplo. Com a utilização de sensores que são capazes de detectar a inversão térmica pode-se evitar, por exemplo, a deriva de um herbicida. Mais informações sobre o tema: www.embrapa.br/fale-conosco/sac/