POLÍCIA CIVIL REALIZA NOVA FASE DA OPERAÇÃO VULTUS E UM EMPRESÁRIO DA REGIÃO E OUTRAS CINCO PESSOAS SÃO ALVOS DA INVESTIGAÇÃO

POLÍCIA CIVIL REALIZA NOVA FASE DA OPERAÇÃO VULTUS E UM EMPRESÁRIO DA REGIÃO E OUTRAS CINCO PESSOAS SÃO ALVOS DA INVESTIGAÇÃO
Associação criminosa vitimou mais de 70 mulheres na Região Metropolitana de São Paulo e pode ter auferido montante superior a 7 milhões com golpes de financiamentos veiculares
A Polícia Civil do Estado de São Paulo, por meio da Central de Polícia Judiciária de Presidente Venceslau, deflagrou, na manhã desta quarta-feira (03), nova fase da Operação Vultus, que investiga a atuação de uma associação criminosa dedicada à prática de estelionatos, cometidos por meio de financiamentos fraudados de veículos e lavagem de dinheiro.
As investigações tiveram início em 2023 envolvendo uma empresa de revenda de veículos, localizada em Presidente Venceslau, que firmava contratos com uma financeira de créditos e, em seguida, passava a formalizar e encaminhar diversas propostas de financiamento de carros supostamente negociados naquela revenda.
Ocorreu que, em ao menos 11 desses contratos, as vítimas, todas mulheres e residentes na Região Metropolitana de São Paulo, contestaram os financiamentos celebrados com a financeira e alegaram, inclusive, jamais terem comparecido a Presidente Venceslau.
No mesmo sentido as investigações iniciais apontaram que os proprietários dos então automóveis frutos das vendas sequer sabiam que seus veículos estavam sendo usados nesses contratos fraudulentos.
Descobriu-se então que, para a aprovação do crédito, um estratagema de reconhecimento facial era empregado, com contato direto às vítimas em seus aniversários, disfarçado na forma de entrega de buquês de flores.
  Durante a entrega das flores, as vítimas eram persuadidas a tirar uma selfie, que, secretamente, funcionava como a validação do reconhecimento facial e a liberação dos fundos em favor da revenda. Isso resultava em um fardo financeiro para as mulheres, incluindo o prejuízo do financiamento pendente e gravames nos veículos de terceiros, que também eram envolvidos injustamente nas fraudes.
Ou seja, as mulheres vítimas, aniversariantes, crentes que recebiam mimos de seus conhecidos, na verdade, estavam anuindo com um esquema fraudulento de financiamentos criminosos.
Na primeira fase da operação, realizada no dia 26 de outubro de 2023, foram cumpridos 09 (nove) mandados de buscas domiciliares em cidades estratégicas, incluindo São Paulo (2 mandados), Curitiba (2 mandados), Sapiranga (3 mandados) e Presidente Venceslau (2 mandados).
Ressalta-se que mais de R$ 300.000,00 (trezentos mil reais) foram recuperados pela Polícia Civil na primeira fase investigativa.
Em seguida, após intensa análise dos materiais apreendidos, notadamente aparelhos celulares, computadores e documentos, foram identificados outros envolvidos nos golpes e um robusto conjunto de elementos de informações, com a indicação que os envolvidos tenham feito mais de 70 (setenta) vítimas, todas mulheres e da Região Metropolitana de São Paulo, e que possam ter auferido valor superior a R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais) com a prática criminosa.
Sendo assim, após representação da Polícia Civil, foram decretadas 06 (seis) prisões preventivas, sendo 02 mandados em Presidente Venceslau/SP, 02 mandados em São Paulo/SP, 01 mandado em Curitiba/PR – Joinville/SC e 01 mandado em Sapiranga/RS, e a expedição de 15 (quinze) mandados de buscas domiciliares em endereços afetos aos investigados.
Com a deflagração desta nova fase da operação, os Delegados de Polícia responsáveis pela investigação esperam que “a atividade do grupo criminoso envolvendo uma sofisticada engenharia social para aprovação dos financiamentos veiculares, incluindo a entrega de brindes as aniversariantes e o levantamento de informações sensíveis,  seja cessada com o cumprimento das prisões preventivas, e que o proveito dos crimes seja localizado para o ressarcimento da empresa que suportou todo o prejuízo financeiro”.
Espera-se ainda, com a conclusão destes trabalhos, que a total recuperação patrimonial seja alcançada.
      Além disso, outras unidades policiais serão provocadas a darem prosseguimentos às investigações, encerrando assim o ciclo persecutório criminal.
Na ação policial estão sendo empregados 40 (quarenta) policiais civis e 09 (nove) viaturas do Deinter – 8 Presidente Prudente para as diligências de campo e suporte logístico, além de equipes da Divisão de Capturas do Departamento de Operações Policiais Estratégicas da Capital e das Polícias Civis do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Maiores Informações:
Central de Polícia Judiciária de Presidente Venceslau/SP
Telefone: (18) 3271-1311