Multas por maus-tratos a animais já totalizam R$ 75 mil neste ano na região de Presidente Prudente, aponta Polícia Ambiental
Peludos, de raça, grandes, pequenos, de estimação…Há diferentes tipos de animais e espécies pelo mundo e que, felizmente, vêm acompanhados por leis que defendem a proteção dos bichinhos e, que em meio aos latidos, dão voz e visibilidade à causa animal.
Apesar do regimento constituído no Brasil, os maus-tratos ainda possuem registros. Segundo dados compartilhados ao g1 pela Polícia Militar Ambiental, nos primeiros quatro meses de 2025 foram aplicados 20 autos de infração ambiental envolvendo cães e gatos no Oeste Paulista, resultando no valor de R$ 75 mil em multas.
Ainda conforme a Polícia Ambiental, foram registradas 45 infrações na região de Presidente Prudente (SP) em 2024, e somados, os valores das penalidades chegaram a R$ 243 mil.
De acordo com a delegada Anna Carolina Aguero Mazzo, de Paulicéia (SP), em casos de maus-tratos o morador deve fazer a denúncia para que o responsável possa ser devidamente investigado e responsabilizado pelo crime.
“É compreensível que, em um país onde grande parte da população ainda enfrenta condições precárias de vida, falar sobre o direito dos animais a uma vida digna possa parecer incoerente. Mas é preciso entender que o combate ao abuso, abandono e maus-tratos de animais vai muito além de compaixão, de gostar ou não gostar de animais, trata-se também de uma questão de saúde pública”, disse Anna.
“Animais abandonados nas ruas podem se tornar vetores de doenças, agravar problemas sanitários e aumentar a vulnerabilidade de comunidades inteiras, especialmente nas áreas mais pobres. Além disso, a violência contra animais muitas vezes caminha lado a lado com outras formas de violência, quem maltrata um animal é mais propenso a cometer atos de crueldade contra pessoas também”, explicou a delegada.
Miados e latidos 🦴
Em meio a casos de crueldade com os animais, há sempre uma luz no fim do túnel, e no caso dos abrigos e Organizações Não-governamentais (ONGs) de defesa dos animais, o brilho é nítido no olhar dos bichinhos resgatados e nos olhos dos voluntários.
Para a presidente da ONG Salvacão – Recanto dos Anjos, Fátima Canuto, que trabalha com o resgate dos animais há cerca de 10 anos juntamente com o marido, em Osvaldo Cruz (SP), uma das maiores dificuldades enfrentadas na jornada com os animais é a falta de adoção.